SEGURANÇA DA ÁGUA

Data: 21/07/2014



CASAN implanta Plano de Segurança da Água. Primeira fase do trabalho está direcionada ao diagnóstico junto aos sistemas de abastecimento de água da Companhia.

Manter avaliações constantes nos Sistemas de Abastecimento de Água, desde o manancial de captação até o cavalete, na chegada da casa do cliente. E trabalhar não apenas corretivamente, mas de forma preventiva. Essas são metas do Plano de Segurança da Água que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) está colocando em prática.


O planejamento atende a Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde, que trata dos procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.


A primeira fase de aplicação está direcionada ao diagnóstico. No ano passado foram realizados levantamentos técnicos em unidades dos sistemas de abastecimento da Grande Florianópolis (Sistema Costa Leste/Sul), na Região Norte/Vale do Itajaí (em Itaiópolis) e na Região Oeste (Xaxim, Barra Grande, Faxinal dos Guedes, Coronel Freitas e Xanxerê).



Para os primeiros meses de 2014 estão previstas avaliações em Morro da Fumaça (Superintendência Regional de Negócios Sul/Serra), em Rio do Oeste e Santa Cecília (Superintendência Regional de Negócios Norte/Vale do Itajaí) e em Bom Jesus do Oeste e Itá (Superintendência Regional de Negócios do Oeste).


As visitas técnicas têm a participação de integrantes das Agências, das Superintendências, da Gerência de Políticas Operacionais (GPO) e da Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (GMA). O objetivo é levantar informações, identificar dificuldades e pontos críticos sobre mananciais e sistemas de abastecimento, visando à disseminação de boas práticas operacionais e a adoção de medidas preventivas de gestão de riscos.



Essas são etapas iniciais do trabalho, que deverá gerar subsídios para elaboração de planos de contingência, que ajudarão nas respostas a falhas ou a eventos imprevistos – e os desafios já se tornam claros para as equipes que colocam a proposta em prática.


Desafios


“Uma das primeiras necessidades que sentimos foi desfazer a ideia de fiscalização. O objetivo não é apenas vistoriar e apontar erros. Queremos somar, diagnosticar os problemas e discutir de que forma podemos conjuntamente buscar soluções”, explica a Engenharia Sanitarista e Ambiental Kelly Cristina da Rocha Matos, da Divisão de Planejamento Operacional (DIPLO).


Outra dificuldade é que o trabalhador chamado a auxiliar nos diagnósticos precisa conciliar sua atividade diária a mais uma demanda. Assim como aqueles que recebem as equipes de avaliação devem dar continuidade a seu trabalho, e ao mesmo acompanhar a visitação, explicar os sistemas, assumir problemas e debater as informações em reuniões.

“O Plano de Segurança da Água é uma visão inovadora na área de saneamento, ele depende de avaliações constantes e de uma visão voltada aos processos, não apenas a problemas pontuais”, complementa a engenheira Andreia May, também da GPO/DIPLO.

Segundo ela, diante do desafio que é colocar o Plano em prática, o apoio dos diversos setores envolvidos tem sido fundamental. Um estímulo à continuidade é que os diagnósticos revelam problemas que em grande parte não exigem investimentos significativos para correção.


“A implantação do Plano é difícil, assim como tem sido para outras Empresas de Saneamento do Brasil. A fase de diagnóstico é só uma primeira etapa, para que possamos convidar outros órgãos para participarem do processo, pois o objetivo é chegarmos aos planos de contingência e de emergência, medidas de controle para reduzir ou eliminar os riscos à saúde ”, avalia a bióloga Leda Freitas Ribeiro, que atua na Divisão de Políticas de Qualidade. “A aplicação integral do Plano vai depender da atuação integrada de diversos órgãos, pois o suprimento de água não é uma responsabilidade só da CASAN”, salienta a bióloga.


Manual dá suporte às atividades


Para aplicação do Plano de Segurança da Água a CASAN desenvolveu um Manual de Avaliação de Boas Práticas Operacionais. O documento fornece diretrizes, critérios e requisitos a serem considerados para a avaliação dos mananciais, sistemas de captação e adução, tratamento, reservação e distribuição. Foi organizado para subsidiar os avaliadores, contribuindo para minimizar o caráter subjetivo de alguns requisitos, tornando o processo mais transparente para avaliadores e avaliados.


É utilizada como referência a metodologia de Barreiras de Proteção, adotada pela Empresa Baiana de Saneamento (Embasa). O levantamento é realizado com apoio de planilhas eletrônicas, permitindo pontuações que podem ser calculadas automaticamente, de acordo com pesos previamente estabelecidos.


“Mas é preciso ficar claro que a pontuação não é para comparar sistemas. É uma forma de definirmos prioridades, de avaliarmos que problemas precisamos corrigir com maior agilidade”, ressalta Andreia May, mais uma vez lembrando que o Plano de Segurança da Água (PSA) é considerado uma ferramenta inovadora na área de saneamento, pois tem como fundamentos a abordagem de risco, o foco no consumidor, fornecimento de água segura e de qualidade.



Casan



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