DAE de Sumaré adota medidas para garantir vazão mínima nas captações e pede novamente que população modere consumo de água tratada

Data: 01/07/2014


Para garantir a continuidade na captação de água no sistema formado pelasrepresas do Horto e do Marcelo, que abastecem a região central de Sumaréatravés da ETA (Estação de Tratamento de Água) 1, o DAE (Departamento deÁgua e Esgoto) está realizando a limpeza dos canais dos mananciais quelevam água até estes reservatórios.

A medida proporciona uma melhor vazãoetambém uma melhor qualidade da água dos córregos que deságuam nasrepresas,de onde o líquido é captado para tratamento.A direção da autarquia municipal reforçou o apelo para que a comunidadeutilize a água tratada com moderação e máxima economia, pois nada indicaque haverá grandes volumes de chuva ao longo dos próximos meses deinverno,período tradicionalmente de forte estiagem.Por causa da forte e atípica estiagem que afeta o Sudeste brasileiro desdeo início do ano, tanto as represas da bacia do Ribeirão Quilombo quanto aEstação de Captação do Rio Atibaia, que abastece outras regiões da cidade,estão com nível baixo – o que causa espanto em quem observa estes pontosdecaptação.Para o presidente do DAE, Valmir Ferreira da Silva, “o momento é de fecharas torneiras e evitar o desperdício”.

“Estamos em meio a uma grande crisehídrica, um momento de sacrifício de todos. Pedimos que todos utilizem aágua com consciência, com parcimônia”, recomendou o presidente daautarquiamunicipal. “O DAE já alertou a população a evitar o desperdício de água, ea situação pode piorar caso a sociedade não faça sua parte”, disse opresidente.Segundo a equipe técnica do DAE, precisaria chover em volumesconsideráveis, acima da média, por meses seguidos para garantir a retomadados níveis anteriores dos mananciais da região e, assim, “um nível dereservas e abastecimento confortável, o que livraria a população danecessidade de economizar água”.“Este é um problema que está se repetindo em todo o Estado de São Paulo.

Na nossa região, vimos rodízios no abastecimento sendo adotados em outroslocais, e em algumas cidades já adotaram racionamento. Sumaré continuatentando, mesmo com dificuldades, manter suas captações nos níveishistóricos para o período”, esclareceu Silva – que não descarta adeflagração de um esquema de racionamento no futuro, sempre emconcordânciacom as decisões e diretrizes dos organismos da Bacia PCJ.Mas os níveis dos mananciais que abastecem o município estão empercentuais bem mais abaixo do que é considerado normal para esta época doano. O nível do Rio Atibaia não passa de 1,20 metro, fazendo com acaptaçãose dê com dificuldades, principalmente em razão da baixa qualidade da águadisponível.

Na outra bacia, a Represa do Marcelo está com nível 60% abaixodo máximo, a Represa do Horto já “baixou” 20% de sua capacidade máxima.Os reservatórios vão conseguir manter a capacidade ao longo dos próximosdias, segundo Valmir, com a limpeza dos canais dos mananciais, o que podeaté gerar um acréscimo no volume das represas. “A Administração Municipal,juntamente com o DAE, monitora constantemente todas estas variáveis e estátentando todas as ações que possam ajudar a nivelar as vazões nos pontosonde estão as bombas”, garantiu o presidente da autarquia.Ainda assim, segundo o departamento técnico da autarquia, a regiãoprecisaria de chuvas consideráveis nos próximos dias para não entrar em umestado mais crítico.



CONSUMOE os números mostram que a população está fazendo sua parte. Um estudocomparativo do consumo de água entre os anos de 2013 e 2014 neste primeirosemestre indica um percentual de queda relativa com 1,41%. Somente no mêsde junho deste ano, a queda no consumo foi de 21,40% com relação ao mesmoperíodo do ano passado.Se por um lado o calor aumenta e a chuva não aparece, o DAE tenta mostrarà população que é possível fazer as tarefas do dia-a-dia com pouca água,auxiliando a vida do sumareense e ajudando a evitar o risco de um possívelracionamento nos próximos meses.

“Sabemos que a recuperação do sistema como um todo sistema depende daschuvas, e estamos passando por um tempo de longa estiagem, mas todospodemos e devemos fazer nossa parte em casa, no trabalho e na escola. Maspodemos ver que a população sumareense está compreendendo a situação ecolaborando”, afirmou Valmir Ferreira da Silva.

DAE


< voltar