FAPESP estimula criação de facilities
Pesquisadores na região de Campinas, interessados em realizar análises nas áreas de Genômica, Bioinformática, Proteômica e Biologia Celular, dispõem, desde 2013, de um laboratório no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que presta serviços de apoio à pesquisa.
Trata-se do Laboratório Central de Tecnologias de Alto Desempenho em Ciências da Vida (LaCTAD) uma unidade multiusuário concebida nos moldes das facilities existentes em instituições de pesquisa no exterior.
Construídos com o propósito de concentrar em um mesmo lugar equipamentos científicos de ponta, além de técnicos operacionais e insumos a fim de otimizar o uso desses recursos e diminuir o custo da pesquisa , exemplos de facilities como o LaCTAD têm aumentado no Estado de São Paulo nos últimos anos.
Há 10 anos não se falava em facilities para sequenciamento genético ou para OMICs [sigla para a expressão Genômica, Epigenômica e Protêomica em inglês"> em São Paulo, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, durante uma palestra no 1st Workshop on Multi-User-Equipment and Facilities, realizado no dia 4 de junho, na FAPESP.
Agora temos mais de 50 unidades multiusuários autodeclaradas facilities, que oferecem serviços essenciais para a pesquisa em São Paulo, com importante apoio das instituições em que estão sediadas. Além disso, aumentam a visibilidade de suas instituições sede, disse Brito Cruz.
Entre as facilities instaladas recentemente em São Paulo com apoio do Programa Equipamentos Multiusuários (EMU) da FAPESP estão o Centro de Facilidades de Apoio à Pesquisa (Cefap), no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), e o Laboratório Multiusuários Centralizado em Genômica Funcional Aplicada à Agropecuária e Agroenergia, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP, no campus de Piracicaba.
Inaugurado em agosto de 2013, o Cefap oferece serviços de sequenciamento de nova geração para alunos e pesquisadores da USP e de outras universidades e instituições de pesquisa.
Para contratar os serviços cujos valores variam de acordo com o equipamento a ser utilizado , os pesquisadores precisam verificar a disponibilidade e agendar, no site do laboratório, a data e o horário de uso.
O Laboratório Multiusuários Centralizado em Genômica Funcional Aplicada à Agropecuária e Agroenergia, inaugurado em 2012, realiza serviços de sequenciamento genético, genotipagem, transcriptoma, proteômica e bioinformática.
Já foram realizados no laboratório mais de 70 projetos de grupos de pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior, além de empresas, disse Mônica Veneziano Labate, pesquisadora associada da Esalq, durante sua palestra no evento.
A maioria dos grupos que precisou fazer sequenciamento de DNA recebeu treinamento para preparação das amostras, interpretação dos resultados e análises de bioinformática, contou Labate.
Incentivo às facilities
Fator importante para o aumento do número de facilities em São Paulo foi o lançamento de uma nova chamada de propostas do Programa EMU da FAPESP em 2009.
Criado em 2005, o programa já concedeu mais de R$ 250 milhões para a aquisição de equipamentos multiusuários, instalados em laboratórios de pesquisa de universidades, de laboratórios nacionais, como o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNANO), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), e em facilities como o LaCTAD, o Cefap e o Laboratório Multiusuários Centralizado em Genômica Funcional Aplicada à Agropecuária e Agroenergia da Esalq.
A segunda chamada do programa, em 2009, enfatizou que as propostas de instalação de equipamentos multiusuários em facilities teriam maior peso na avaliação.
A chamada também explicitou com ênfase a necessidade do apoio das universidades e instituições de pesquisa para prover os recursos necessários, em termos de infraestrutura adequada e pessoal técnico, por exemplo, para o funcionamento do equipamento multiusuário pleiteado em perfeitas condições.
O apoio institucional é muito importante, não só na questão do uso de equipamentos, disse Brito Cruz. Para fazer ciência competitiva internacionalmente é preciso ter apoio institucional ao pesquisador, como há em universidades como as de Stanford, Cornell e Carolina do Norte [nos Estados Unidos">, e não como o que há aqui, em que o pesquisador gasta tempo que poderia estar se dedicando à pesquisa preso a uma máquina ou prestando contas.
A fim de assegurar o compromisso institucional dos projetos aprovados na chamada, antes da concessão de recursos pela FAPESP para a aquisição do equipamento multiusuário foram realizadas entrevistas com os pesquisadores responsáveis pelo projeto, com pró-reitores de pesquisa e com representantes das instituições.
As universidades e instituições de pesquisa que tiveram seus projetos selecionados na segunda chamada do programa também assinaram documentos afirmando o compromisso de garantir o bom funcionamento do equipamento.
A FAPESP estabelece uma série de requisitos para as instituições apoiadas pelo Programa Equipamentos Multiusuários. Elas precisam prover infraestrutura física e pessoal técnico, além de estabelecer regras e procedimentos claros e visíveis em um site na internet para acesso e utilização do equipamento multiusuário pela comunidade de pesquisa, explicou Brito Cruz.
Novas facilities
De acordo com José Antonio Brum, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp e membro da coordenação adjunta de Programas Especiais da FAPESP, o Programa EMU já aprovou mais de 250 projetos para aquisição de equipamentos multiusuários.
Na segunda chamada do programa, em 2009, foram aprovados investimentos da ordem de R$ 167 milhões em 170 propostas para a aquisição de diversos equipamentos, entre os quais mais de 200 com valor acima de US$ 50 mil.
Desde então, a FAPESP vem incentivando a criação de novas facilities em São Paulo, contou o professor. A ideia é que por meio das facilities seja possível otimizar o uso de equipamentos científicos bastante sofisticados e caros, que chegam a custar entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, e ficariam a maior parte do tempo parados, disse Brum.
As facilities permitem dar acesso para toda a comunidade científica a esses equipamentos adquiridos com recursos de diferentes agências de fomento à pesquisa com a maior eficiência e qualidade possível, avaliou.
Agência Fapesp
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Trata-se do Laboratório Central de Tecnologias de Alto Desempenho em Ciências da Vida (LaCTAD) uma unidade multiusuário concebida nos moldes das facilities existentes em instituições de pesquisa no exterior.
Construídos com o propósito de concentrar em um mesmo lugar equipamentos científicos de ponta, além de técnicos operacionais e insumos a fim de otimizar o uso desses recursos e diminuir o custo da pesquisa , exemplos de facilities como o LaCTAD têm aumentado no Estado de São Paulo nos últimos anos.
Há 10 anos não se falava em facilities para sequenciamento genético ou para OMICs [sigla para a expressão Genômica, Epigenômica e Protêomica em inglês"> em São Paulo, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, durante uma palestra no 1st Workshop on Multi-User-Equipment and Facilities, realizado no dia 4 de junho, na FAPESP.
Agora temos mais de 50 unidades multiusuários autodeclaradas facilities, que oferecem serviços essenciais para a pesquisa em São Paulo, com importante apoio das instituições em que estão sediadas. Além disso, aumentam a visibilidade de suas instituições sede, disse Brito Cruz.
Entre as facilities instaladas recentemente em São Paulo com apoio do Programa Equipamentos Multiusuários (EMU) da FAPESP estão o Centro de Facilidades de Apoio à Pesquisa (Cefap), no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), e o Laboratório Multiusuários Centralizado em Genômica Funcional Aplicada à Agropecuária e Agroenergia, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP, no campus de Piracicaba.
Inaugurado em agosto de 2013, o Cefap oferece serviços de sequenciamento de nova geração para alunos e pesquisadores da USP e de outras universidades e instituições de pesquisa.
Para contratar os serviços cujos valores variam de acordo com o equipamento a ser utilizado , os pesquisadores precisam verificar a disponibilidade e agendar, no site do laboratório, a data e o horário de uso.
O Laboratório Multiusuários Centralizado em Genômica Funcional Aplicada à Agropecuária e Agroenergia, inaugurado em 2012, realiza serviços de sequenciamento genético, genotipagem, transcriptoma, proteômica e bioinformática.
Já foram realizados no laboratório mais de 70 projetos de grupos de pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior, além de empresas, disse Mônica Veneziano Labate, pesquisadora associada da Esalq, durante sua palestra no evento.
A maioria dos grupos que precisou fazer sequenciamento de DNA recebeu treinamento para preparação das amostras, interpretação dos resultados e análises de bioinformática, contou Labate.
Incentivo às facilities
Fator importante para o aumento do número de facilities em São Paulo foi o lançamento de uma nova chamada de propostas do Programa EMU da FAPESP em 2009.
Criado em 2005, o programa já concedeu mais de R$ 250 milhões para a aquisição de equipamentos multiusuários, instalados em laboratórios de pesquisa de universidades, de laboratórios nacionais, como o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNANO), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), e em facilities como o LaCTAD, o Cefap e o Laboratório Multiusuários Centralizado em Genômica Funcional Aplicada à Agropecuária e Agroenergia da Esalq.
A segunda chamada do programa, em 2009, enfatizou que as propostas de instalação de equipamentos multiusuários em facilities teriam maior peso na avaliação.
A chamada também explicitou com ênfase a necessidade do apoio das universidades e instituições de pesquisa para prover os recursos necessários, em termos de infraestrutura adequada e pessoal técnico, por exemplo, para o funcionamento do equipamento multiusuário pleiteado em perfeitas condições.
O apoio institucional é muito importante, não só na questão do uso de equipamentos, disse Brito Cruz. Para fazer ciência competitiva internacionalmente é preciso ter apoio institucional ao pesquisador, como há em universidades como as de Stanford, Cornell e Carolina do Norte [nos Estados Unidos">, e não como o que há aqui, em que o pesquisador gasta tempo que poderia estar se dedicando à pesquisa preso a uma máquina ou prestando contas.
A fim de assegurar o compromisso institucional dos projetos aprovados na chamada, antes da concessão de recursos pela FAPESP para a aquisição do equipamento multiusuário foram realizadas entrevistas com os pesquisadores responsáveis pelo projeto, com pró-reitores de pesquisa e com representantes das instituições.
As universidades e instituições de pesquisa que tiveram seus projetos selecionados na segunda chamada do programa também assinaram documentos afirmando o compromisso de garantir o bom funcionamento do equipamento.
A FAPESP estabelece uma série de requisitos para as instituições apoiadas pelo Programa Equipamentos Multiusuários. Elas precisam prover infraestrutura física e pessoal técnico, além de estabelecer regras e procedimentos claros e visíveis em um site na internet para acesso e utilização do equipamento multiusuário pela comunidade de pesquisa, explicou Brito Cruz.
Novas facilities
De acordo com José Antonio Brum, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp e membro da coordenação adjunta de Programas Especiais da FAPESP, o Programa EMU já aprovou mais de 250 projetos para aquisição de equipamentos multiusuários.
Na segunda chamada do programa, em 2009, foram aprovados investimentos da ordem de R$ 167 milhões em 170 propostas para a aquisição de diversos equipamentos, entre os quais mais de 200 com valor acima de US$ 50 mil.
Desde então, a FAPESP vem incentivando a criação de novas facilities em São Paulo, contou o professor. A ideia é que por meio das facilities seja possível otimizar o uso de equipamentos científicos bastante sofisticados e caros, que chegam a custar entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, e ficariam a maior parte do tempo parados, disse Brum.
As facilities permitem dar acesso para toda a comunidade científica a esses equipamentos adquiridos com recursos de diferentes agências de fomento à pesquisa com a maior eficiência e qualidade possível, avaliou.
Agência Fapesp
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