Obras de saneamento promovem avanços econômicos e ambientais

Data: 07/04/2014
A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) realiza diversas obras do conjunto de ações planejadas para implantar a rede de coleta e de tratamento de esgoto na Grande Aracaju. São contemplados mais de 370 quilômetros de redes coletoras e interceptoras, que conduzem o esgoto até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). O índice de atendimento a população na região metropolitana passou de 29% em 2006, para 50%, em 2013, e existem recursos garantidos para uma cobertura próxima a 90% nos próximos anos.

A ampliação do sistema de esgotamento sanitário tem sido prioridade do ciclo de investimentos do Governo do Estado, executados pela Deso. Na capital sergipana, por exemplo, na primeira seleção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1), foram implantados até o fim de 2013 mais de 160 quilômetros de rede de esgoto. Mais investimentos foram viabilizados, através do PAC 2, sendo que a soma de todos os recursos garantidos eleva o percentual de atendimento à população para 89,84%.

O saldo potencial é a garantia de mais saúde e de qualidade de vida para a população. É o caso de Maria do Carmo, 51 anos, moradora da Rua Acesso 9, no Bairro 17 de Março. Sem esgoto a céu aberto, a melhoria das condições da saúde pública são reconhecidas pelos moradores. “A tubulação está lá enterrada, longe dos olhos da gente, mas quem já sofreu com esgoto correndo na porta de casa sabe valorizar o trabalho da Deso. Não tem mais aquele mau cheiro, os insetos e baratas. Outra coisa boa é que acabou aquela história de fossa, que quando enchia, a gente tinha que chamar o caminhão pra desentupir. É uma grande conquista”, relatou a dona de casa.

As cidades de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros integram os projetos de esgotamento, que contemplam a coleta e o tratamento. Na capital estão bairros como Coroa do Meio, Atalaia, Farolândia, Grageru, Jardins, Ponto Novo e São Conrado, bem como Santa Maria e Zona de Expansão. Para atender este avanço a Deso está concluindo o trabalho de duplicação de duas Estações Recuperadoras de Qualidade (ERQs), a Sul e Oeste.

Produzindo saúde
Mesmo sendo recente a implantação da rede de esgoto, a qualidade de vida da população só tende a melhorar. A casa da aposentada Maria Felícia Beatriz, 64 anos, também já aderiu à ligação da rede de esgoto. “Todas as pessoas precisam de esgoto. É uma coisa que tem que ser feita em todo lugar, inclusive para beneficiar a saúde. O esgoto valoriza o bairro e os moradores só ganham com isso”, afirmou a aposentada.

A ausência de coleta e tratamento de esgoto obriga as comunidades a conviverem com seus próprios dejetos, principalmente quando estes são lançados ao ar livre, em fossas, geralmente mal construídas. Somente um sistema de esgotamento completo é capaz de melhorar a infraestrutura urbana, garantindo a qualidade de vida das pessoas. Já o resultado dos investimentos em saneamento básico produz impactos do ponto de vista econômico e ambiental.

“Uma estimativa feita pelos agentes mundiais de saúde aponta para cada real investido em saneamento, uma economia quatro vezes maior em saúde. Isso ocorre graças à coleta e tratamento de esgoto, que provoca o combate de doenças veiculadas por meio hídrico, como hepatite A, poliomelite, diarreias e disenterias bacterianas (como a cólera) e esquistossomose. Consequentemente, isso acaba refletindo nos gastos com a saúde pública”, pontou.

Outra conquista alcançada pelos investimentos em saneamento básico reflete diretamente no meio ambiente. A partir do momento que os esgotos são coletados e tratados, começa-se a ter a despoluição dos rios, o renascimento da vida aquática, a preservação de nascentes, balneabilidade e uma série de consequências que chegam ao lado da saúde e da melhor qualidade de vida.
“A Deso se orgulha de produzir saúde. Nossa prática econômica é produzir água potável e coletar esgoto, mas esses produtos são, na realidade, os grandes responsáveis pela saúde e qualidade de vida da população. O que a empresa faz não é apenas uma ação econômica, é uma atividade que acaba gerando um benefício essencial para toda a sociedade, como também para o meio ambiente”, destacou Ferrari.

Até o final deste ano, Aracaju terá quase o triplo da cobertura de esgoto e terá ampliado o seu atendimento à população. Outras importantes obras que já estão em andamento através de recursos do PAC 2 atendem: São Cristóvão e Estância (Praia do Saco). Ao todo, mais de R$ 502 milhões garantidos pelo Governo do Estado para as obras de esgotamento. Paralelo a isso surge o desenvolvimento econômico, social e ambiental.

DESO


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