Ministro defende interação entre setores para avanço da CT&I

Data: 26/03/2014

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, ressaltou a importância da interação entre os diversos segmentos ligados à área. Ele concedeu entrevista coletiva de imprensa em Belo Horizonte no dia 19 de março, antes da posse do novo reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ramírez, que o sucede à frente da instituição.

Campolina falou sobre as prioridades e desafios da nova gestão no MCTI e sublinhou a importância de parcerias entre comunidade científica – citou universidades, instituições de pesquisa e fundações de amparo à pesquisa (FAPs) –, sistema empresarial e governo federal para o desenvolvimento tecnológico no país.

“É preciso haver uma maior interdisciplinaridade nas áreas para desenvolver as ciências e tecnologias. Deve ser feito em conjunto, como, por exemplo, com secretarias de ciência e tecnologia, que são parceiros fundamentais na implementação em uma política, reitores de redes de ensino superior e todo o sistema empresarial”, defendeu o ministro. “Trata-se de somar, sistematizar e definir prioridades e recursos. Em primeiro lugar, a política científica e tecnológica deve estar enraizada na comunidade e nas instituições de pesquisa e na interface com as empresas.”

Ele lembrou que, para desenvolver essa ideia, o MCTI tem um conjunto de ações em curso e congrega um conjunto de mais de 20 instituições sob uma política que está em execução, a exemplo de diversos programas do governo para aproximar e dar chances a estudantes universitários no âmbito científico e tecnológico tanto em esfera nacional como internacional – entre eles o Ciência Sem Fronteiras, operado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). Destacou também a existência de iniciativas para aproximar o setor empresarial do governo e das instituições de ensino, como o Plano Inova Empresa.

Para o economista, é necessário ampliar ainda mais essas colaborações para que qualquer política tenha viabilidade e legitimação. “Não se trata de um ato político. Os agentes públicos e privados, como pesquisadores e instituições universitárias, institutos de pesquisa ou empresas, implementam as atividades científicas e tecnológicas, mas é preciso compreender que quem inova, predominantemente, são as empresas. E deve ser dada devida a importância em torno desta interação”, ressaltou.

O titular do MCTI ressaltou que colocar a ciência e a tecnologia do país na fronteira do desenvolvimento mundial não é uma tarefa simples nem de curto prazo. “São questões estruturais [a superar"> enraizadas na nossa histórica desigualdade, mas esse deve ser um grande desafio”, comentou. “O Brasil tem hoje toda a capacidade de assumir uma posição de destaque mundial, mesmo que a economia esteja cada vez mais globalizada”, avaliou.

(MCTI)


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