Municípios devem regularizar emissão de esgoto em 3 anos

Data: 30/03/2009

Municípios devem regularizar emissão de esgoto em 3 anos


Até 2012, Ibiúna, Vargem Grande Paulista e Cotia deverão tratar totalmente o esgoto hoje lançado sem tratamento na represa de Itupararanga. A afirmação foi feita pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano. Ele frisou que nesses três anos será possível cuidar da saúde da represa, que fornece 80% da água consumida em Sorocaba e abastece também Votorantim e outras 6 cidades da região. Em Sorocaba, 90% do esgoto já é tratado e Votorantim trata aproximadamente 60%.

Atualmente, apenas 66% do esgoto é tratado em Ibiúna, porém, este percentual refere-se somente à região central do município. Segundo a Ong SOS Itupararanga, a zona rural encontra-se desprovida de saneamento e utiliza fossas negras ou sépticas, ou lança esgotos ‘in natura nos cursos dágua. Vargem Grande Paulista e o distrito de Caucaia do Alto (Cotia), não possuem tratamento de esgoto e ambos comprometem as águas do rio Sorocamirim, um dos formadores da represa de Itupararanga.

A qualidade das águas da represa está comprometida pelo lançamento de esgotos, mau uso de agrotóxicos, contínuos processos erosivos e disposição inadequada de lixo nos oito municípios inseridos na área de proteção de Itupararanga, explicou a presidente da Ong SOS Itupararanga, Viviane de Oliveira.

O prazo anterior para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo tratamento de água e esgoto nos três municípios resolver o problema de saneamento era até 2018; no entanto, o Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT) assinou, em 2008, um Protocolo de Intenções entre o comitê e a Sabesp, com o objetivo de estabelecer um cronograma físico-financeiro dos projetos e obras de saneamento básico nos municípios atendidos pela autarquia.

Segundo Viviane, uma das ações que contribuiu para priorizar o assunto em âmbito estadual foi a elaboração, no ano passado, de um diagnóstico do saneamento básico em Ibiúna, constatando o mau funcionamento das elevatórias e a falta de atendimento às localidades onde o esgoto é lançado a céu aberto, comprometendo a qualidade das águas dos córregos afluentes da represa e a vida da população.





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