MCTI lança análise do perfil de parques tecnológicos brasileiros

Data: 18/11/2013


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou o “Estudo de Projetos de Alta Complexidade - Indicadores de Parques Tecnológicos”, documento que avaliou dados de 80 iniciativas em diversos estágios, a partir de consulta a gestores das unidades em diversas localidades do País. O estudo foi realizado pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília (UnB) e pode ser visto na íntegra aqui - http://www.mct.gov.br/upd_blob/0228/228606.pdf.

“Os resultados do estudo são importantes para o direcionamento das estratégias do Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e aos Parques Tecnológicos [PNI"> em futuras ações”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) do MCTI, Alvaro Prata.

A pesquisa avaliou os parques pelos critérios de distribuição geográfica, estágio atual de desenvolvimento, quantidade de empresas instaladas, número de empregos gerados, fontes de recursos e áreas de atuação.

Segundo o estudo, 39,7% das 939 empresas instaladas nos parques que responderam ao questionário estão situadas na região Sul (373), enquanto 32,3% ficam na região Nordeste (303) e 24,5% no Sudeste (230). Juntas, as regiões Centro-Oeste e Norte abrigam 33 empresas (3,5% do total).

Até junho de 2013, essas iniciativas geraram 32.237 empregos, distribuídos entre institutos de pesquisa (1.797), gestão das próprias estruturas (531) e iniciativa privada (29.909).

Do total de empregos nas empresas, aproximadamente 13,5% envolvem mestres (2.950) e doutores (1.098). Para o secretário Prata, o indicativo contrasta com o universo empresarial brasileiro, cujo quadro de colaboradores tem participação menos expressiva de profissionais desse nível educacional.

O esforço conjunto das três esferas do governo e da iniciativa privada se faz presente nas três fases de desenvolvimento, embora a contribuição de cada fonte varie de acordo com o momento.

O governo federal investiu 54% do total durante a etapa de projeto. No período de implantação, as esferas estadual e municipal se responsabilizaram por 92% dos recursos. Quando os parques entraram em operação, a iniciativa privada tomou frente, com 55% dos recursos.

Se somados os valores gastos nas três fases, o aporte federal de R$ 1,2 bilhão levou estados e municípios a fornecerem R$ 2,4 bilhões e empresas a aplicarem R$ 2,1 bilhões. Quanto às áreas de atuação, o maior número de citações recaiu sobre tecnologias da informação e da comunicação (TICs), energia, biotecnologia, saúde, petróleo e gás natural e telecomunicações.

Segundo o relatório, a diversidade se associa a características específicas de cada região, como indústria aeronáutica e espacial, agronegócio e meio ambiente.

Agência Gestão C,T&I


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