O mundo está pronto para acordo sobre mudanças climáticas, diz ONU
A secretária executiva da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, Christiana Figueres, observou que o mundo está pronto para esse acordo e que já existem uma série de iniciativas para conter as alterações do clima que beneficiam não só o meio ambiente, mas também os setores de segurança, energia, economia e política.
A Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP-19) começou nesta segunda-feira (11) em Varsóvia, na Polônia, com uma chamada para alcançar um novo acordo que diminua a emissão de gases de efeito estufa no meio ambiente. Esse é um ponto fundamental no processo de negociação, principalmente após a devastação do tufão Haiyan nas Filipinas.
A secretária executiva da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, Christiana Figueres, observou que o mundo está pronto para esse acordo e que já existem uma série de iniciativas para conter as alterações do clima que beneficiam não só o meio ambiente, mas também os setores de segurança, energia, economia e política.
Um novo acordo universal sobre o clima está ao nosso alcance, disse Figueres, lembrando a presença de agências, bancos de desenvolvimento, investidores e governos subnacionais na conferência.
Com o apoio da ONU, os participantes vão tentar chegar a um acordo universal sobre mudanças climáticas até 2015 para entrar em vigor até 2020.
Em seu discurso, Figueres ainda destacou os principais pontos a serem discutidos na conferência. Precisamos esclarecer o quanto de dinheiro é necessário para que o mundo inteiro diminua a emissão de gás carbônico, disse. Devemos iniciar a construção de um mecanismo que ajude as populações vulneráveis a responder aos imprevisíveis efeitos da mudança climática.
A conferência ocorre em meio a um cenário de devastação nas Filipinas causado pelo tufão Haiyan que, segundo previsões do Programa Mundial de Alimentos (PMA), matou 10 mil pessoas.
O principal negociador das Filipinas, Yeb Sano, chamou a crise climática de loucura e pediu que a comunidade internacional faça algo a respeito.
Podemos parar essa loucura. Exatamente aqui, em Varsóvia, disse Sano. Tufões como Haiyan e seus impactos representam um lembrete preocupante para a comunidade internacional de que não podemos nos dar ao luxo de adiar a ação climática, afirmou.
Ele também criticou o conceito de desastre natural e disse em um comunicado do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (UNISDR) que não é natural quando as pessoas continuam lutando para erradicar a pobreza e buscar o desenvolvimento e são golpeadas pelo ataque de uma tempestade monstruosa.
(Rádio ONU)
< voltar