Deso e Fapitec apresentam demandas temáticas para pesquisa em saneamento básico

Data: 14/11/2013


A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec) reuniram nesta quarta-feira, 13, estudantes e pesquisadores durante Seminário Técnico. A programação desenvolvida no auditório da Deso foi pautada pela apresentação e pelo debate das demandas temáticas que estarão inseridas no Edital do Programa de Apoio ao Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico para o Setor de Saneamento em Sergipe (Prodeso). O encontro atende ao cronograma de execução do convênio firmado em outubro com a Fapitec.

Um total de R$ 1,1 milhão será investido na execução de ações conjuntas de apoio ao desenvolvimento e divulgação científica, com ênfase nos seguintes temas: qualidade da água, redução e controle de perdas, eficiência energética, educação ambiental e economia no saneamento, além de processos de operações unitárias. Tais linhas gerais têm base na demanda por avanços e soluções tecnológicas.

Segundo o diretor-presidente da Deso, Sérgio Ferrari, as expectativas são que os pesquisadores apresentem algum produto e/ou pesquisas que possam atender as necessidades da empresa. “A melhor maneira de desenvolver tecnologia é com as academias que têm condições de pesquisar, desenvolver trabalhos e levar a pesquisa com profundidade”, ressalta Ferrari.

Dentro de cada demanda temática apresentada, Ferrari descreveu algumas das diretrizes que devem nortear o trabalho dos pesquisadores para elaboração de propostas que atendam ao interesse prioritário da Deso. “A meta é atrair para esse projeto os pesquisadores que estão vinculados às instituições de pesquisa do estado, seja dentro das universidades públicas ou privadas”, acrescentou o presidente da Fapitec, José Ricardo de Santana.

Incentivo à pesquisa

Para reforçar a importância da parceira entre a Deso e a Fapitec, foi convidado para encontro o assessor técnico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Diego Felipe Munõz. Ele falou da experiência positiva que empresas como a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) têm vivenciado ao incentivar o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas.

“A participação de empresas junto com agências de fomento e universidades é algo novo tanto no Brasil, como nos Estados Unidos e em países da Europa. Cada vez mais esse tipo de parceria é bem-vista pela comunidade científica, porque traz para o pesquisador um ponto de vista de mercado. Então a pesquisa não será feita apenas para publicação mas pelos resultados potenciais que o projeto pode ter para o futuro. É nesse sentido que a iniciativa da Deso é importante porque há um comitê de técnicos que vai trabalhar com os pesquisadores para desenvolver os projetos e internalizar os resultados”, apontou Munõz.

A pesquisadora do Instituto de Tecnologia e Pesquisa, Silvia Egues, participou do Seminário Técnico e demonstrou interesse por um dos temas apresentados. Ela destacou que a Deso possui papel fundamental para a vida das pessoas uma vez que lida com a operação do abastecimento de água e esgotamento sanitário em Sergipe. “Tenho certeza que esta sinergia entre Deso e pesquisadores trará resultados interessantes para a empresa e para a sociedade”, comentou a doutora em Engenharia Química e professora da Universidade Tiradentes.

O convênio firmado entre Deso e Fapitec também começou a mover o anseio de estudantes como Paulo Henrique, do Instituto Federal de Sergipe. “O papel das centros de ensino que se dedicam às pesquisas é possibilitar que os estudantes de diversas áreas possam colocar em prática o conteúdo teórico que aprendem em sala de aula. Sendo assim, acredito que este estímulo poderá sim auxiliar a Deso no desenvolvimento de novas tecnologias capazes de beneficiar a empresa e mirando a prestação de serviço para a sociedade”, considerou.

Ao término das apresentações foi iniciado um debate entre os pesquisadores e o Comitê de Pesquisa e Desenvolvimento – CP&D , instituído na própria estrutura orgânica da Deso. O quadro é formado por técnicos e especialistas envolvidos com o saneamento básico e atua conjuntamente com a FAPITEC/SE na elaboração dos editais de chamada de propostas. O convênio tem prazo de vigência de três anos. Nesse período, a comunidade acadêmica terá a oportunidade de colaborar para a melhoria da prestação e gestão dos serviços públicos do setor de saneamento.

Fapitec


< voltar