Presidente da Sanesul fala sobre saneamento básico na Conferência das Cidades

Data: 13/09/2013




O primeiro dia da 5ª Conferência das Cidades de Mato Grosso do Sul, aberta nesta quarta-feira, 11 de setembro, em Campo Grande, contou com a realização de diversos painéis expositivos, entre eles o do presidente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), José Carlos Barbosa, que discutiu o tema “Saneamento: Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário”.

Nesta edição da conferência, saneamento básico está entre um dos assuntos que serão debatidos durante todo o evento, para elaboração de propostas com a finalidade de avançar na construção da política estadual e ainda nortear Estado e União, juntamente com as áreas de habitação, mobilidade urbana, trânsito e desenvolvimento.

José Carlos Barbosa, que também é presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), apresentou aos prefeitos, vereadores e aos delegados que representam os 79 municípios do Estado e líderes dos movimentos sociais um panorama do saneamento no mundo e no Brasil. De acordo com a pesquisa do Instituto Trata Brasil, 2,5 bilhões de pessoas, ou seja, 37% da população mundial vivem sem saneamento adequado, e destes, 40 milhões são brasileiros.

Ao falar do saneamento no Brasil, o presidente mostrou que 4.975 municípios do país estão interligados à rede de distribuição de água e 1.961, à rede de esgoto. “No Estado, as 79 cidades possuem sistema de abastecimento de água e 38, esgotamento sanitário. Estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) confirmam que o saneamento antes era um dos últimos itens que recebia investimentos e hoje é diferente: aparece como um dos desejos da população”, destacou José Carlos Barbosa.

Ele também ressaltou os principais desafios do setor no cenário brasileiro segundo levantamento do Ministério das Cidades, que está relacionado à carga tributária paga pelo setor: em 2011 as empresas estaduais pagaram R$ 2 bilhões. A universalização do atendimento com esgoto, que até 2030, para universalizar o serviço de esgoto, são necessários R$ 340 bilhões, entre outros.

No decorrer da palestra, o presidente da Sanesul definiu aos presentes o papel da empresa de saneamento em Mato Grosso do Sul, que hoje atua em 125 localidades, sendo 68 municípios e 57 distritos, com objetivo de proporcionar qualidade de vida e preservar o meio ambiente.

Até agora já foram investidos no Estado de 2007 a 2013, R$ 271,4 milhões em captação e tratamento de água e R$ 561,5 milhões na coleta e tratamento em obras concluídas e em andamento.

“A nossa meta é atingir a marca de R$ 1 bilhão de recursos aplicados no saneamento básico, o que equivale 67% para o esgoto e 33% para água. Queremos também manter o atendimento com água em 100% e atingir 50% de cobertura de rede de esgoto”, explicou José Carlos Barbosa.
Segundo o presidente, a Agência de Habitação do Estado (Agehab) é uma das parceiras da Sanesul. Um exemplo do trabalho em conjunto está nas cidades de Corumbá e Coronel Sapucaia. Em Corumbá, no residencial Guatós feito pela Agehab, foram construídas estação elevatória de água e esgoto, 14.800 metros de rede e 1.200 ligações, para atender os moradores. Já em Coronel Sapucaia, no residencial Jardim Mate Laranjeira, a Sanesul implantou sete mil metros de rede e 255 ligações.

Ao finalizar o painel expositivo, José Carlos Barbosa respondeu aos questionamentos do público presente e ressaltou a evolução do saneamento básico nas quatro maiores cidades do Estado. Corumbá recebeu investimentos significativos da Sanesul nestes quase oito anos de governo no valor de R$ 130 milhões, recursos que fizeram a cidade sair do índice zero de esgotamento sanitário e chegar a 80% em 2014.

A segunda maior cidade do Estado, Dourados, sofreu um salto significativo de 25% para 85% da coleta e tratamento de esgoto. Ponta Porã, cidade que faz fronteira com o Paraguai, no ano de 2007, tinha 10% coleta e tratamento de esgoto, índices que já sofreram um grande avanço para 60% e chegarão no próximo ano a 90%.

Três Lagoas, município onde estão localizadas as grandes indústrias do Estado, em 2007 possuía 17% de esgotamento sanitário. Atualmente esse índice já ultrapassa a casa dos 50%, e a meta até o ano de 2014 é atingir 97%.

Também participou da abertura da 5ª Conferência das Cidades de Mato Grosso do Sul, o diretor de engenharia e meio ambiente da Sanesul, Vitor Dib Yazbek.

Sanesul


< voltar