Relatora da ONU sobre água pede mais cooperação de países lusófonos

Data: 23/08/2013
. Experiências de sucesso para fornecimento de água e saneamento básico realizadas nos oito países que falam a língua portuguesa, devem ser melhor partilhadas. A opinião é da relatora das Nações Unidas para o Direito à Água e ao Saneamento Básico, Catarina de Albuquerque. Segundo as Nações Unidas, cerca de 800 milhões de pessoas, em todo o mundo, ainda não têm acesso a fontes de água. O tópico está sendo discutido na Conferência Internacional sobre Cooperação pela Água, que ocorre no Tadjiquistão.

Em entrevista à Rádio ONU, de Lisboa, Catarina de Albuquerque disse que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, pode ajudar na partilha de experiências de sucesso que já estão ocorrendo em Portugal, no Brasil e em Moçambique. "Cada um dos membros da Cplp tem experiências fantásticas, e acho que poderíamos aprender um com os outros. Eu vou dar um exemplo do saneamento condominial, que foi entre aspas inventado no Brasil, que é uma solução de saneamento para comunidades urbanas de fracos recursos. Eu estou a ver esta solução a ser implementada com muita boa chance de sucesso em países africanos de língua oficial portuguesa."

Ainda segundo as Nações Unidas, cerca de 5 mil crianças, abaixo de cinco anos, morrem todos os dias por falta de água potável, condições sanitárias e higiene básica. O apelo a todos os países para melhorar o acesso à água e ao saneamento é uma das Metas do Milênio. Apesar de um progresso no acesso à água, o saneamento básico continua sendo um desafio com mais de 2,5 bilhões de pessoas sem serviços de esgoto no mundo. A Assembleia Geral das Nações Unidas escolheu 2013 como o Ano Internacional de Cooperação da Água para chamar a atenção para o tema. A organização também destaca a importância de parcerias para resolver o problema.


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