Governo do Estado dá início à PPP que aumentará a oferta de água para a Grande SP

Data: 22/08/2013
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Sabesp, assina nesta quarta-feira (21 de agosto) o contrato da PPP (Parceria Público-Privada) do Sistema Produtor de Água São Lourenço. A obra vai ampliar a capacidade de produção de água tratada para a Região Metropolitana de São Paulo em 4.700 litros por segundo.
Serão beneficiados diretamente 1,5 milhão de moradores de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista. A iniciativa também trará benefícios indiretos para toda a Região Metropolitana de São Paulo, já que o novo sistema produtor aumentará a oferta de água e será interligado a outros sistemas existentes.
“Essa é mais uma ação fundamental para garantir a segurança no abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo”, afirma a diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena. Atualmente, a companhia tem capacidade instalada para produzir 73 mil litros de água tratada a cada segundo. Com a entrada do sistema São Lourenço, esse volume chegará a 77.700 L/s.
O investimento de R$ 2,21 bilhões será feito integralmente pela empresa vencedora da licitação. Batizada de Sistema Produtor São Lourenço S.A., ela é uma parceria entre as construtoras Camargo Correa e Andrade Gutierrez. A expectativa é que sejam criados 2.000 empregos diretos e indiretos. A entrada em operação do sistema está prevista para 2018. Baixe fotos e mapas e assista ao vídeo sobre a obra no www.releasedigital.com.br/sabesp/pppsaolourenco.
Com o investimento, a Sabesp vai captar água na represa Cachoeira do França (Ibiúna), que é formada pelo rio Juquiá. É uma obra de grande porte e complexa. Um dos pontos principais é o bombeamento da água para superar o desnível de 300 metros da Serra de Paranapiacaba. A tubulação que levará a água até as residências inclui ainda um túnel de 1.100 metros pela serra e uma passagem por baixo da rodovia Raposo Tavares, por meio de método não destrutivo. Ou seja, não será necessário interromper o tráfego para a execução dessa travessia. Em parte do trajeto, os tubos chegam a ter 2,10 metros de diâmetro.
Serão instalados também uma Estação de Tratamento de Água, estações de bombeamento, 83 km de adutoras (grandes tubulações), além de reservatórios para armazenar um total de 110 milhões de litros de água.
A nova água vai abastecer o oeste e sudoeste da Grande São Paulo, onde mais cresce a população na metrópole. Serão beneficiados condomínios residenciais (como Alphaville, Tamboré e Granja Viana), centros comerciais e 685 núcleos de baixa renda, onde vivem as famílias atraídas pela oferta de empregos. Enquanto a média de aumento populacional do Estado é de 0,87% ao ano, cidades como Cotia, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista têm média acima de 2% a cada ano.
Cidade Crescimento populacional
(média anual)
Barueri 1,03%
Carapicuíba 0,74%
Cotia 2,32%
Itapevi 1,78%
Jandira 1,41%
Santana de Parnaíba 2,72%
Vargem Grande Paulista 2,27%
Cidade de São Paulo 0,59%
Estado de São Paulo 0,87%
Região Metropolitana de SP 0,77%
Fonte: Fundação Seade
Obra inédita em 20 anos
O novo sistema produtor São Lourenço será interligado aos demais oito sistemas que abastecem a Grande SP. Esta é a primeira obra desse porte em 20 anos. O último sistema de abastecimento criado foi o Alto Tietê, entregue em 1993. Este capta água das nascentes do rio Tietê, na região de Salesópolis, e abastece parte da zona leste da capital e cidades como Suzano, Poá e Arujá. O São Lourenço é também fundamental por garantir o fornecimento de água à Região Metropolitana de São Paulo por 15 anos.
Nome do sistema Data de criação Capacidade em 2012 (L/s)
Alto Cotia 1914 1.200
Guarapiranga 1929 14.000
Rio Claro 1937 4.000
Rio Grande 1958 4.800
Baixo Cotia 1960 900
Cantareira 1973 33.000
Ribeirão da Estiva 1973 100
Alto Tietê 1993 15.000
São Lourenço 2018 4.700

Tecnologia avançada e sustentabilidade
O projeto do novo sistema prevê uma série de ações sustentáveis e de tecnologia de ponta. Os edifícios da Estação de Tratamento de Água, a ser construída em Vargem Grande Paulista, terão ventilação e iluminação naturais, energia solar e reúso da água de chuva, aproveitando ao máximo os recursos naturais. Além disso, a captação de água na represa Cachoeira do França, em Ibiúna, será interrompida diariamente durante quatro horas, no intervalo de pico de consumo energético.
Ações que garantem a segurança no abastecimento
A implantação do sistema São Lourenço se soma às ações da Sabesp para garantir a segurança no abastecimento na Grande São Paulo. A companhia executa o Programa de Redução de Perdas de Água, que tem financiamento inédito do governo japonês, por meio da Jica (Japan International Cooperation Agency), e transferência de tecnologia. O programa prevê a troca de tubulações, instalação de equipamentos de controle de pressão e uso intensivo das mais modernas tecnologias para um efetivo controle de perdas.
A Sabesp também tem ampliado a produção de água de reúso. É uma alternativa inteligente para substituir a água tratada em resfriamento de caldeiras, tingimento de tecidos, lavagem de ruas de feira e limpeza de galerias de chuva, por exemplo. Em 2012, entrou em operação o projeto Aquapolo, que elevou em 13 vezes o volume de água de reúso fornecido pela Sabesp. A água potável que antes era usada pelo Polo Petroquímico de Capuava (Mauá) está sendo fornecida para abastecer a população. São até 1.000 litros por segundo.
Uma ação essencial e que já garante ótimos resultados é o incentivo ao uso racional da água. Graças a campanhas educativas e de mídia, nos últimos dez anos o consumo médio de água caiu 14,3% na Grande São Paulo. Outra ferramenta é o PURA (Programa de Uso Racional da Água). Com ele, indústrias, comércios e prédios públicos gastam menos água ao adotar equipamentos economizadores (como torneiras e chuveiros com acionamento automático). Escolas, hospitais, postos de saúde e penitenciárias já adotaram o programa.
Assessoria de imprensa da Sabesp




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