Para sucesso do acordo climático de 2015, metas domésticas devem ser adotadas agora, defende organização

Data: 12/08/2013
Um novo relatório da Global Legislators Organisation (GLOBE), uma entidade formada por representantes dos Parlamentos de 70 países e que busca achar soluções legislativas para as mudanças climáticas e para o desenvolvimento sustentável, argumenta que o ideal seria que as metas climáticas nacionais fossem postas em prática antes do que a assinatura de um acordo internacional.
“Não consigo ver um acordo relevante em 2015 a menos que mais países sigam o caminho legislativo interno, para que aqueles com poder de decisão tenham noção da necessidade de que é preciso que o tratado seja ambicioso”, explicou Adam Matthews, secretário geral da GLOBE e autor do relatório.
O documenta alerta que o acordo internacional pode ficar fraco demais por pressão de países que não querem metas nacionais.
“É crescente o reconhecimento de que um acordo internacional ambicioso será impossível de ser alcançado se for elaborado de cima para baixo. Os governos deveriam desde já engajar seus parlamentares na causa climática e preparar metas domésticas que possam ser apresentadas até 2015”, afirma Matthews.
O relatório analisa 11 legislações climáticas nacionais, e sem surpresas descobre que os países que possuem metas mais ambiciosas são os que defendem que o acordo internacional seja forte.
Por exemplo, nações como México e Coreia do Sul apresentam legislações climáticas abrangentes e sempre argumentam por metas significativas nas negociações internacionais. Já Estados Unidos e Canadá, que ainda engatinham em termos de ações climáticas domésticas, costumam agir como âncoras nas negociações.
“As lições de Copenhague [COP15"> e do Rio [RIO+20"> são claras, esses encontros internacionais vistosos não conseguem atingir o nível de ambição requerido. O que defendemos é que os países devem agir domesticamente primeiro, de forma a dar condições para que o acordo climático internacional seja realmente o que precisamos que seja”, concluiu Matthews.
(Instituto CarbonoBrasil)


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