MCTI apresenta políticas de promoção da inovação em Recife

Data: 29/07/2013

"A inovação é um caminho sem volta e é a forma mais rápida para uma empresa chegar a ter competitividade no mercado interno e externo." A afirmação é do coordenador-geral de Serviços Tecnológicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Jorge Campagnolo, em palestra durante a programação da 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Em sua participação no evento, em Recife, o representante da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do ministério defendeu a importância do investimento em inovação e apresentou os principais programas de governo à disposição do empresário interessado em inovar.

Para um público formado principalmente por estudantes, ele falou dos desafios impostos ao setor empresarial com a globalização e com o rápido avanço tecnológico e citou o exemplo do telefone celular. "Se mantiver a mesma linha de produto de cinco anos atrás a empresa não vai conseguir competir nunca", ressaltou. "De forma geral hoje grande parte dos produtos tem tecnologia agregada que fica logo superada", acrescentou. A palestra foi nesta quarta-feira (24).

O coordenador também alertou sobre as possíveis restrições tecnológicas a serem enfrentadas nas operações comerciais. Para ele, o Brasil precisa estar cada vez mais atento a essa realidade e deixar de ser tão dependente da exportação de commodities, como soja e ferro.

"É importante esse tipo de exportação porque gera recursos, mas ficamos muito sujeitos às oscilações como de mercado e de demanda", sustentou. "Ainda temos de exportar muitos navios de soja para trazer alguns chips para usar nos nossos celulares", criticou.

Apoio governamental
"Realmente é um caminho sem volta, o governo federal sabe disso e tem vários programas à disposição do empresário", afirmou o palestrante, ao apresentar os incentivos oferecidos pelo setor público e os programas implantados pelo MCTI. um exemplo citado foi a Lei do Bem (11.196, de 2005), que criou incentivos fiscais queempresas podem usufruir de forma automática desde que realizem pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), com dedução na apuração do Imposto de Renda.

Ele lembrou ainda iniciativas como Programa Nacional de Apoio a Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas (PNI) e o Rhae Pesquisador na Empresa, direcionado para o apoio de PD&I que visem a integração de pesquisadores qualificados nas empresas.

Campagnolo falou do esforço do MCTI no sentido de impulsionar a área de nanotecnologia, para a qual foi criado um Comitê Interministerial para discutir as ações neste setor. "Essa área é muito importante, pois embora trabalhe com dimensões nano, tem um potencial de inovação muito grande", argumentou.

O representante da pasta federal explicou também o funcionamento do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), que faz a aproximação e a articulação da comunidade científica e tecnológica com as empresas. "Ele ajuda, nos processos e serviços, para que a empresa possa investir em inovação", disse.

Embrapii
Outra ação mais recente, comentou, foi a instituição da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social, em fase de formação, que buscará criar um ambiente favorável para a cooperação entre instituições de ciência e tecnologia e as empresas.

"É importante fortalecer as empresas para que possamos ter recursos, por meio do pagamento de tributos, por exemplo, para que possamos investir nas demais áreas de interesse da sociedade", concluiu.

Ascom do MCTI


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