Sabesp participa do Fórum Mundial do Meio Ambiente

Data: 26/06/2013


Cerca de 400 lideranças empresariais, políticas, pesquisadores e organizações socioambientais marcaram presença no Fórum Mundial do Meio Ambiente, que aconteceu em Foz do Iguaçu (PR), nos dia 21 e 22/6. O evento, que discutiu ações relacionadas ao tema “2013: Ano internacional da cooperação pela água”, promoveu diálogos e debates sobre a utilização da água como prioridade máxima.


Patrocinado pela Sabesp, o fórum organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) trouxe para a pauta a crise global da água, a gestão da água no Brasil e no mundo, os serviços ambientais dos oceanos e os desafios do desenvolvimento sustentável e não sustentado.


Durante o fórum, o presidente do Lide, João Doria Junior, convidou as autoridades para assinatura do Pacto Nacional pela Gestão das Águas, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e da Agência Nacional das Águas (ANA) em benefício do fortalecimento de gerenciamento hídrico nos estados brasileiros, por meio de um programa de incentivo financeiro, com pagamento por resultados. O acordo prevê a articulação entre União e Estados pelo uso sustentável dos recursos hídricos do País.


Para todos os presentes, o tema água deve entrar na agenda política dos países. Nesse aspecto, a Sabesp lidera uma campanha contra o aumento dos tributos. A reivindicação do setor de saneamento hoje é que os investimentos realizados sejam abatidos no pagamento dos impostos federais como PIS/Cofins.


A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) encaminhou ao Congresso Nacional uma emenda, a Medida Provisória (MP) 609/2013 - que trata da desoneração de produtos da cesta básica - para que 80% do valor pago pelas empresas de saneamento básico de PIS e Cofins sejam revertidos em investimentos para o setor. As companhias recolhem R$ 2 bilhões com PIS/Cofins por ano que, com a emenda, podem ser revertidos em investimentos no setor. A desoneração é uma antiga reivindicação das companhias de água e esgoto do país.


Com uma média de aplicação de R$ 2 bilhões anuais, a Sabesp tem investido fortemente para alcançar sua principal meta: universalizar o saneamento até o final da década. Palestrante no painel “Água e Saneamento: o papel da parceria público-privada”, o diretor Metropolitano, Paulo Massato, reforçou esse objetivo e também o esforço da empresa na busca pela excelência na gestão, de forma que consiga otimizar suas despesas e, ao mesmo tempo, não onerar as tarifas de saneamento.


Massato ainda destacou três palestras como especialmente importantes para a Sabesp: a de Benedito Braga, presidente do Conselho Nacional da Água; a de Jean-Michel Cousteau, oceanógrafo, fundador e presidente da Ocean Futures Society; e a de Robert F. Kennedy Jr., ativista e advogado especializado em direito ambiental.


Braga mencionou que apesar de ser um produto essencial à vida humana, a água não é devidamente valorizada pelos organismos internacionais e que os investimentos em infraestrutura ainda são escassos, principalmente nos países onde a demanda é mais forte, como a África.


“O momento é crítico. Precisamos encontrar soluções para proteger os seres vivos do planeta”, disse Cousteau, atentando para o fato de que todos dependem de um único sistema de água para sobreviver. Mencionando uma viagem que fez a uma ilha no meio do pacífico, distante de qualquer atividade humana, mas na qual ele encontrou uma grande quantidade de lixo urbano, Cousteau defendeu a ideia de que é preciso agir localmente. Uma simples garrafa pet descartada de forma inadequada afeta todo o sistema.


Na Sabesp, o Córrego Limpo, o Vida Nova Mananciais e também o Projeto Tietê são exemplos de programas cujas ações estão bastante alinhadas com o pensamento do oceanógrafo. Entretanto, Massato reforça que mesmo assim é necessário também a contribuição da sociedade, não poluindo os corpos d’água e descartando o lixo de forma responsável.



Sobre as políticas existentes nos Estados Unidos para inibir a destruição, Robert F. Kennedy disse haver multas pesadas para aqueles que desrespeitam as leis ambientais. Ele também afirma que “a água deveria ser um direito para todos os seres humanos, mesmo para quem não tem condições de pagá-la”.


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