PA: Urbanitários culpam a gestão de estatais pelo saneamento precário na Região Norte

A região Norte concentra os piores indicadores de saneamento básico do País. Apenas 62% da população urbana da região possui água encanada em casa e a rede de esgoto existe em apenas 6% dos domicílios localizados em cidades do Norte. Para a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), o baixo desempenho é reflexo da má qualidade de gestão. 'A gestão das empresas de saneamento ainda é ineficiente a palavra é forte, mas falta competência, muitas vezes, até para captar recursos do PAC', avalia o presidente da Federação, Eduardo Campos, acrescentando que a privatização também não representará solução para o problema. O que as empresas precisam é de maior controle social.

O controle social, assim como a elaboração de planos de saneamento municipais e a criação de de um órgão regulador para a área de saneamento estão previstos na Lei 11.105, de 2005, que estabeleceu um marco regulatório para o setor. 'A luta atual da federação é pela regulamentação da lei, uma reivindicação antiga da categoria, e também pela melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas operadoras, sem necessidade de privatização', explica. 'É preciso que a população participe mais do processo de gestão das empresas', acrescenta.

A situação das empresas de saneamento e os modelos de gestão das empresas dos Estados do Norte é o tema principal do 11º Encontro Nacional dos Trabalhadores em Saneamento e Meio Ambiente que acontece parelelo ao 8º Encontro Nacional dos Urbanitários (ENU), em Belém. O encontro começou ontem e termina hoje. O debate sobre o setor contará com participação do diretor de Água e Esgoto da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Márcio Galvão Fonseca. Entre os modelos de gestão que serão analisados está o de Rondônia, onde a gestão da companhia de águas foi assumida pelo Sindicato dos Urbanitários e os indicadores gerenciais melhoraram.






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