Projeto quer transformar experiências pontuais em modelo de desenvolvimento para o litoral paulista
A partir de experiências pontuais bem-sucedidas, o projeto Litoral Sustentável quer impulsionar o desenvolvimento do litoral norte de São Paulo e da Baixada Santista. A iniciativa, do Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Polis), pesquisa soluções econômicas, urbanas e ambientais para as cidades que serão mais impactadas pela exploração do petróleo do pré-sal. Segundo o coordenador-geral do instituto, Nelson Saule Junior, a ideia é construir uma agenda regional com base no diagnóstico elaborado ao longo dos últimos dois anos sobre os problemas e potencialidades da região.
A diversificação das atividades econômicas na região é um ponto importante da pauta que, segundo Saule, começará a ser discutida com os gestores públicos e com a comunidade em audiências a partir de julho. Existe um grande número de trabalhadores informais vinculados a essas atividades de veraneio [no litoral norte e na Baixada Santista">, sejam serviços caseiros, comércio no períodos de férias, e não se verificam potencialidades, principalmente para os jovens que estão nessas cidades, acrescentou o coordenador.
A indústria petrolífera e as atividades portuárias são, no entanto, responsáveis pela economia de alguns dos 13 municípios incluídos do projeto Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela, Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Por isso, Nelson Saule enfatiza a importância de desconcentrar esse modelo que foi concebido no processo de urbanização e, também, nas duas cadeias produtivas principais que é a exploração do petróleo e gás e atividade portuária.
Os modelos econômicos distintos e os problemas das cidades podem ser vistos em alguns dados do diagnóstico. A renda per capita de Cubatão, por exemplo, que concentra indústrias relacionadas ao petróleo é de R$ 40 mil ao ano. Em São Vicente a renda é R$ 22 mil, menos da metade da média estadual. Porém, Cubatão tem um dos maiores índice de pobres, famílias que vivem com menos de um salário mínimo, (15,6%) e de indigentes, que vivem com menos de um quarto de salário, (11,1%).
Entre as características a serem levadas em consideração, na opinião do coordenador do Instituto Polis, está o grande percentual, cerca de 60% do território dos municípios, considerado como área de proteção ambiental. O olhar que a gente está buscando trazer é que não seja considerado como obstáculo essa realidade, mas como uma potencialidade. Como você potencializa essa realidade dos municípios, principalmente na perspectiva da exploração e uso sustentável, no aspecto do uso cultural, educação ambiental e do próprio turismo, explicou.
(Agência Brasil)
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A diversificação das atividades econômicas na região é um ponto importante da pauta que, segundo Saule, começará a ser discutida com os gestores públicos e com a comunidade em audiências a partir de julho. Existe um grande número de trabalhadores informais vinculados a essas atividades de veraneio [no litoral norte e na Baixada Santista">, sejam serviços caseiros, comércio no períodos de férias, e não se verificam potencialidades, principalmente para os jovens que estão nessas cidades, acrescentou o coordenador.
A indústria petrolífera e as atividades portuárias são, no entanto, responsáveis pela economia de alguns dos 13 municípios incluídos do projeto Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela, Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Por isso, Nelson Saule enfatiza a importância de desconcentrar esse modelo que foi concebido no processo de urbanização e, também, nas duas cadeias produtivas principais que é a exploração do petróleo e gás e atividade portuária.
Os modelos econômicos distintos e os problemas das cidades podem ser vistos em alguns dados do diagnóstico. A renda per capita de Cubatão, por exemplo, que concentra indústrias relacionadas ao petróleo é de R$ 40 mil ao ano. Em São Vicente a renda é R$ 22 mil, menos da metade da média estadual. Porém, Cubatão tem um dos maiores índice de pobres, famílias que vivem com menos de um salário mínimo, (15,6%) e de indigentes, que vivem com menos de um quarto de salário, (11,1%).
Entre as características a serem levadas em consideração, na opinião do coordenador do Instituto Polis, está o grande percentual, cerca de 60% do território dos municípios, considerado como área de proteção ambiental. O olhar que a gente está buscando trazer é que não seja considerado como obstáculo essa realidade, mas como uma potencialidade. Como você potencializa essa realidade dos municípios, principalmente na perspectiva da exploração e uso sustentável, no aspecto do uso cultural, educação ambiental e do próprio turismo, explicou.
(Agência Brasil)
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