Investimentos na Embrapii podem chegar a R$ 3 bilhões
O governo federal vai aportar R$ 1 bilhão em 2013 e 2014 na Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), mas o investimento total poderá chegar a R$ 3 bilhões quando somadas as contrapartidas exigidas das empresas e dos laboratórios credenciados que vão ser parceiro das empresas na realização dos projetos de inovação do setor privado.
Cada ator governo, empresa e instituição deve entrar com um terço do valor do projeto, que tem de ser um projeto pensado pelas empresas ou pode ser um projeto do laboratório, mas que atenda uma necessidade em inovação do setor privado. A contrapartida das empresas é financeira. Já os laboratórios credenciados, que são chamados Unidades Embrapii, vão contribuir, basicamente, com a disponibilização de seus pesquisadores, profissionais técnicos, conhecimento e expertise e cessão de sua infraestrutura de pesquisa para a realização dos projetos.
Podem ser Unidades Embrapii os laboratórios de universidades e institutos de pesquisa, unidades do Senai, centros de P,D&I sem fins lucrativos e não vinculados (ou seja, multiusuários, institutos privados que não pertençam a uma única empresa) e os Polos de Inovação dos institutos federais de ensino superior do Ministério da Educação (MEC), que oferecem cursos técnicos e superior de formação profissional. Os projetos apresentados por empresas para os laboratórios que integrem os Polos de Inovação e que precisem de investimentos de até R$ 4 milhões terão condições diferenciadas.
Nos dois primeiros anos de existência dos Polos, a Embrapii entra com 50% dos recursos, a empresa com 10% e o Polo com 40%. No terceiro ano, a Embrapii reduz sua participação para 45%, e aumenta-se a contrapartida da empresa para 20%. O Polo entra com 35%. No quarto ano, caso o Polo renove seu credenciamento, ele passa a ser uma Unidade Embrapii e os projetos seguem a mesma regra para os demais laboratórios: cada parceiro entra com um terço do valor do investimento.
Para integrar o sistema Embrapii, os laboratórios precisam, primeiro, passar pelo processo de credenciamento. Eles devem elaborar um Plano de Ação para três anos, precisam ter experiência com projetos em parceria com indústria e ter reconhecida competência na área ou áreas em que pretendem atuar. Ao final dos três anos, serão avaliados para ter o credenciamento renovado.
Os recursos são repassados pela Embrapii diretamente para o laboratório credenciado. Cada laboratório tem total autonomia para aceitar ou não os projetos apresentados pelas empresas, negociar o contrato, incluindo questões de propriedade intelectual, e pode também fazer prospecção junto às empresas, oferecendo seus serviços.
A empresa interessada em ter um projeto apoiado pela Embrapii não precisa passar por edital. Deve apresentá-lo ao laboratório que é Unidade Embrapii na instituição de interesse. Se aprovado, o recurso do governo para o projeto é transferido pela Embrapii para a Unidade credenciada, que por sua vez investe no projeto.
O interesse das empresas pela iniciativa levaram a Anpei a organizar um painel sobre a Embrapii na XIII Conferência Anpei, que será realizada entre os dias 3 e 5 de junho em Vitória, no Espírito Santo. A Embrapii é um exemplo de instituição que promove e apoia as iniciativas em inovação aberta das empresas, justamente o tema geral da XIII Conferência Anpei: Inovação Competitiva e Aberta: Transformando Brasil.
Representantes das entidades que participam do projeto piloto da Embrapii, iniciado em 2012, vão falar da experiência para os presentes. Participam do piloto o Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), do Rio de Janeiro, do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), de São Paulo, e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Todos são associados à Anpei.
O painel será realizado na terça-feira, dia 4 de junho, das 13h30 às 14h15. A moderação é de Paulo Mol, diretor da Anpei. As inscrições para a XIII Conferência Anpei podem ser feitas no site http://www.anpei.org.br/xiiiconferencia/index.html.
Anpei
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Cada ator governo, empresa e instituição deve entrar com um terço do valor do projeto, que tem de ser um projeto pensado pelas empresas ou pode ser um projeto do laboratório, mas que atenda uma necessidade em inovação do setor privado. A contrapartida das empresas é financeira. Já os laboratórios credenciados, que são chamados Unidades Embrapii, vão contribuir, basicamente, com a disponibilização de seus pesquisadores, profissionais técnicos, conhecimento e expertise e cessão de sua infraestrutura de pesquisa para a realização dos projetos.
Podem ser Unidades Embrapii os laboratórios de universidades e institutos de pesquisa, unidades do Senai, centros de P,D&I sem fins lucrativos e não vinculados (ou seja, multiusuários, institutos privados que não pertençam a uma única empresa) e os Polos de Inovação dos institutos federais de ensino superior do Ministério da Educação (MEC), que oferecem cursos técnicos e superior de formação profissional. Os projetos apresentados por empresas para os laboratórios que integrem os Polos de Inovação e que precisem de investimentos de até R$ 4 milhões terão condições diferenciadas.
Nos dois primeiros anos de existência dos Polos, a Embrapii entra com 50% dos recursos, a empresa com 10% e o Polo com 40%. No terceiro ano, a Embrapii reduz sua participação para 45%, e aumenta-se a contrapartida da empresa para 20%. O Polo entra com 35%. No quarto ano, caso o Polo renove seu credenciamento, ele passa a ser uma Unidade Embrapii e os projetos seguem a mesma regra para os demais laboratórios: cada parceiro entra com um terço do valor do investimento.
Para integrar o sistema Embrapii, os laboratórios precisam, primeiro, passar pelo processo de credenciamento. Eles devem elaborar um Plano de Ação para três anos, precisam ter experiência com projetos em parceria com indústria e ter reconhecida competência na área ou áreas em que pretendem atuar. Ao final dos três anos, serão avaliados para ter o credenciamento renovado.
Os recursos são repassados pela Embrapii diretamente para o laboratório credenciado. Cada laboratório tem total autonomia para aceitar ou não os projetos apresentados pelas empresas, negociar o contrato, incluindo questões de propriedade intelectual, e pode também fazer prospecção junto às empresas, oferecendo seus serviços.
A empresa interessada em ter um projeto apoiado pela Embrapii não precisa passar por edital. Deve apresentá-lo ao laboratório que é Unidade Embrapii na instituição de interesse. Se aprovado, o recurso do governo para o projeto é transferido pela Embrapii para a Unidade credenciada, que por sua vez investe no projeto.
O interesse das empresas pela iniciativa levaram a Anpei a organizar um painel sobre a Embrapii na XIII Conferência Anpei, que será realizada entre os dias 3 e 5 de junho em Vitória, no Espírito Santo. A Embrapii é um exemplo de instituição que promove e apoia as iniciativas em inovação aberta das empresas, justamente o tema geral da XIII Conferência Anpei: Inovação Competitiva e Aberta: Transformando Brasil.
Representantes das entidades que participam do projeto piloto da Embrapii, iniciado em 2012, vão falar da experiência para os presentes. Participam do piloto o Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), do Rio de Janeiro, do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), de São Paulo, e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Todos são associados à Anpei.
O painel será realizado na terça-feira, dia 4 de junho, das 13h30 às 14h15. A moderação é de Paulo Mol, diretor da Anpei. As inscrições para a XIII Conferência Anpei podem ser feitas no site http://www.anpei.org.br/xiiiconferencia/index.html.
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