Índia pede mais rapidez nas negociações climáticas e afirma que vai dobrar capacidade renovável até 2017

Data: 19/04/2013
O primeiro-ministro da Índia declarou nesta semana que o objetivo de limitar o aquecimento global em no máximo 2°C não está nem perto de ser conseguido, e que, apesar disso, seu país está trabalhando para que a meta continue sendo possível.
“As negociações internacionais para minimizar os impactos das mudanças climáticas estão progredindo a uma velocidade dolorosamente devagar”, afirmou Manmohan Singh durante um evento sobre energias renováveis em Nova Deli.
A Índia, que junto com o Brasil, China e África do Sul forma o bloco conhecido como BASIC, que possui grande influência nas negociações climáticas sob a ONU, defende o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.
“As nações industrializadas devem arcar com a maior parte do peso de qualquer medida de reduzir as emissões de gases do efeito estufa que seja criada”, disse Singh.
O primeiro-ministro divulgou ainda que a Índia possui o objetivo de alcançar a marca de 55GW de energias renováveis até 2017, praticamente dobrando a geração atual.
“Vamos dobrar nossa geração renovável dos atuais 25GW para mais de 50GW nos próximos quatro anos. Além disso, pretendemos reduzir em até 25% a intensidade energética por unidade do PIB até 2020”, declarou.
Uma das principais ferramentas para alcançar essas metas é a Missão Solar Nacional Jawaharlal Nehru, lançada em 2010, com a promessa de conectar 22GW de energia solar à rede indiana até 2022.
Singh já teria liberado US$ 1,1 bilhão em subsídios para que até março de 2017 a energia solar gere pelo menos 10GW.
Todo esse empenho do governo indiano sinalizaria uma nova postura em relação às negociações climáticas internacionais. Uma reportagem do jornal Times of India na semana passada afirmou que a Índia pode estar prestes a aceitar adotar metas obrigatórias de cortes nas emissões.
(Instituto CarbonoBrasil)


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