CCT cria comissão de cientistas para área de biotecnologia

Data: 01/03/2013
Em uma tentativa de atender à demanda da presidente Dilma Roussef - de desenvolver, principalmente, um programa para estimular a pesquisa e produção na área de biotecnologia - o Conselho de Ciência e Tecnologia decidiu criar uma subcomissão a fim de identificar os gargalos que inviabilizam o aumento da eficiência dessa área. Pelo acordo, o resultado do estudo será apresentado à Dilma daqui a quatro meses, aproximadamente.

Ainda sem nome específico, a subcomissão será formada por quatro ou cinco cientistas, dentre os quais a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader; o cientista Hernan Chaimovich, vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), representante do órgão no CCT e professor do Instituto de Química, da Universidade de São Paulo (USP); e Carlos Gadelha, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, segundo membros do CCT.

Segundo Marcia Barbosa, professora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), o objetivo da subcomissão é mostrar os entraves que inviabilizam o aumento da eficiência da biotecnologia do País. "A ideia é encontrar os gargalos desde a formação fundamental até o produto no mercado", disse a cientista, ao citar gargalos como burocracia da legislação para regulamentação dos produtos.

Fontes de financiamento - Outra missão importante atribuída ao CCT, na reunião realizada no Palácio do Planalto no início do mês, segundo o vice-presidente da SBPC, Ennio Candotti, foi a solicitação de levantamento de dados de todos os ministérios que compõem o conselho sobre as metas e as fontes de financiamento para a área de ciência e tecnologia no âmbito do Plano Brasil Maior. Hoje o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) é responsável por metade do financiamento destinado à área de ciência e tecnologia. A ideia é coordenar as atividades de ciência e tecnologia dos vários ministérios. "É importante que as atividades dos vários ministérios sejam coordenadas. É para isso que o CCT foi criado", defendeu Candotti.

O presidente da Fapemig e do Confap, Mario Neto Borges, também considerou fundamental o apoio de Dilma à area de CT&I. "O que consideramos positivo, neste aspecto, é o comprometimento da presidente com o Conselho e as ideias lá colocadas", disse ele, destacando também a dinâmica da reunião, dando espaço para todos falarem e permitindo Dilma tomar conhecimento de todo cenário da área de CT&I.

(Jornal da Ciência)


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