UFRJ ganha parque tecnológico

Data: 18/02/2013
O Rio de Janeiro será sede de um novo Parque Tecnológico a partir de 2014. Para isso o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a EMC, empresa multinacional da área de tecnologia da informação (TI), assinaram na quinta-feira, dia 7, um Acordo de Cooperação Técnica e Científica, no Hotel Copacabana Palace. O acordo prevê para o próximo mês de março o início da construção do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, na zona Norte da cidade. Nesse local, vai funcionar o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de Big Data da EMC. O investimento da empresa no projeto será de US$ 100 milhões em cinco anos - valor que inclui o salário dos pesquisadores.

O acordo faz parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de TI do MCTI (Programa TI Maior) que tem como objetivo alavancar o desenvolvimento do setor no Brasil. Um dos focos do programa é a atração de Centros Globais de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no país. Pela parceria, a EMC colaborará com as agências governamentais, universidades e indústria privada do Brasil.

Após assinar o acordo com os executivos da EMC, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp falou da importância da TI. "Sem TI não há inovação. Este é um setor transversal aos outros setores da economia, que ajuda no desenvolvimento tecnológico e no avanço da inovação nas mais diferentes áreas. Nosso esforço é para que as empresas inovem e para que os agentes produtores, as universidades, possam transformar todo esse conhecimento em produtos", avalia.

Além da construção do novo centro, os recursos da empresa serão usados para fazer pesquisa aplicada em Big Data, com foco na indústria de petróleo e gás. O Big Data é um conjunto de soluções tecnológicas capaz de analisar, com velocidade, grandes volumes de informação. Os projetos de Big Data terão alcance e benefícios globais, ajudarão a indústria de TI no Brasil e aumentarão a competitividade do país no setor.

Um dos objetivos do Programa TI Maior é a formação de uma rede global de desenvolvimento científico e tecnológico que conecte centros de geração de tecnologia internacionais e busque a criação de ambientes propícios à inovação. Para cumprir este objetivo, o MCTI investirá na contratação de pesquisadores.

O centro de P&D da EMC não vai vender tecnologia, mas desenvolvê-la para a própria empresa. Para Karin Breitman, gerente-geral desse centro de P&D da empresa no Brasil, a ideia é provar que a inovação é possível. Depois a solução passará por um processo de engenharia avançada dentro da EMC, cujas áreas de negócios envolvem Big Data, computação em nuvem (quando os dados não precisam estar armazenados em computadores da empresa, mas sim em outros servidores remotos) e segurança de dados.

"Esse acordo representa a nova onda da inovação que muda os destinos dos países. E entendemos que isso deve acontecer junto com a universidade", disse Karin. Quanto à escolha do Brasil para a instalação do centro de P&D, ela disse que a descoberta do pré-sal levou a empresa a decidir, há cerca de dois anos, pela instalação dessa unidade de pesquisa no país. "Será um centro global de P&D", disse a executiva. Dessa forma, soluções que surgirem no laboratório da EMC, no Rio, poderão ser aplicadas à indústria internacional de petróleo.

A cerimônia de assinatura do acordo contou com a presença do secretário de Política de Tecnologia da Informação do MCTI, Virgilio Almeida; secretário estadual de C&T, Gustavo Tutuca; presidente do BNDES, Luciano Coutinho; presidente da Finep, Glauco Arbix; secretário municipal de C&T, Franklin Coelho; presidente da Rio Negócios, Marcelo Haddad; presidente da Academia Brasileira de Ciência, Jacob Palis; coordenador do Parque Tecnológico da UFRJ, Maurício Guedes. Além dos executivos da EMC Brian Gallagher, presidente da Global Enterprise Storage Division; Joel Schwartz, vice-presidente sênior e gerente-geral de Desenvolvimento de Novos Negócios; e Sanjay Mirchandani, vice-presidente executivo da empresa.

(Jornal da Ciência)


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