MT: Mortalidade Infantil e Saneamento
A falta de estrutura de saneamento básico,como rede de esgoto e abastecimento de água, está entre os principais motivos da mortalidade infantil de crianças até 1 ano de idade em Mato Grosso. As doenças diarreicas e respiratórias são as mais comuns na faixa etária e são responsáveis por mais de 50% dos casos notificados. A técnica da Área Materno-Infantil da Secretaria de Estado de Saúde (Ses), Sônia Pereira da Silva, afirma que os fatores externos atingem as crianças e as mães muitas vezes não conseguem identificar a gravidade do problema. Elas costumam tentar tratar a doença em casa e quando procuram o atendimento médico a situação de saúde é grave.
Sônia explica que as pneumonias, bronquites e infecções intestinais são confundidas com gripes e resfriados. Acabam sendo menosprezadas pelos pais, que ao levarem a criança no atendimento, precisam de procedimentos mais complexos para alcançar a cura. Um dos problemas apresentados é a qualidade da água, que nem sempre é tratada e preparada para o uso. A solução para o problema seria investimentos em saneamento básico.
Ela esclarece que com a implantação do Programa de Saúde da Família (PSF), as doenças relacionadas com a falta do pré-natal diminuíram muito. Os profissionais passaram a acompanhar de perto a gestação e também o desenvolvimento da criança no primeiro ano de vida, momento em que está mais vulnerável.
As campanhas massivas sobre a necessidade do pré-natal também contribuíram para a redução da mortalidade, que em 2004 era 18 crianças para cada mil nascidas no Estado e no ano de 2006 passou para 16,4. Os dados são da SES e o órgão ainda não finalizou a estatística dos anos seguintes.
A técnica fala que nos postos de saúde, a criança recebe atendimento prioritário na primeira semana de vida, que ela chama de semana da saúde integral. O bebê passa por vários exames, recebe as vacinas e as mães são orientadas sobre a importância do leite materno, bem como noções de higiene, alimentação e cuidados em geral.
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