Ainda é possível manter aquecimento global abaixo dos 2°C

Data: 03/12/2012
Os países ainda podem limitar o aquecimento global a 2°C, ponto que os cientistas estimam ser crucial para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.
É o que afirma o novo levantamento do Climate Action Tracker (CAT), um projeto administrado pelo Instituto Postdam, Climate Analytics e Ecofys, que foi divulgado na Conferência do Clima de Doha (COP18) nesta quinta-feira (29).
Batizado de 2° be or not 2° be, o documento destaca que uma redução mundial de 15% das emissões até 2020 com relação ao nível atual é o que precisa ser feito.
“Mas devemos agir agora e não esperar até 2020”, declarou Bill Hare, presidente da Climate Analytics, questionando o fato de que muitos países querem um acordo climático em vigor só no fim da década.
O CAT examinou 11 nações e as políticas de seis delas foram consideradas inadequadas: China, Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Canadá e Austrália.
No caso dos Estados Unidos e do Canadá, não apenas as políticas são inadequadas como ainda assim não serão cumpridas as tímidas metas estabelecidas por elas.
Já o Brasil aparece como possuindo políticas medianas, mas não está claro se o país alcançará suas metas. As emissões brasileiras são muito influenciadas por mudanças no uso da terra, o que torna difícil a mensuração correta.
Apenas o Japão e a Coreia do Sul apresentam legislações que foram consideradas suficientes.
O CAT destaca que os custos para evitar um aquecimento de mais de 2°C são muito inferiores aos que depois serão necessários para lidar com os prejuízos dos eventos climáticos extremos que ficarão mais intensos e frequentes.
(Instituto CarbonoBrasil)


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