Em meio à preocupação com o orçamento de 2009, MCT anuncia 22 novos Institutos Nacionais de C&T

Data: 06/02/2009

Em meio à preocupação com o orçamento de 2009, MCT anuncia 22 novos Institutos Nacionais de C&T


Os 22 novos INCTs estão distribuídos por todas as regiões do país. Os estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram contemplados com um novo instituto cada; Rio de Janeiro terá mais quatro institutos e São Paulo ganhou outros nove. Assim, serão nove INCTs na Região Norte; 18 no Nordeste; quatro no Centro-Oeste; 77 no Sudeste e 15 no Sul.

O anúncio dos novos institutos acontece no momento de preocupação com o orçamento destinado à C&T para 2009, o qual sofreu importante corte no Congresso – R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 800 milhões em contingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

O ministro da C&T, Sergio Rezende, tem anunciado que os grandes programas do ministério estão garantidos. Após conversas com o Ministério do Planejamento, o MCT espera a recomposição de pelo menos R$ 800 milhões do orçamento proposto pelo Executivo. Além disso, está sendo estudada uma reorganização do cronograma de ações da pasta programadas para esse ano, com possibilidade de utilização de parte dos recursos previstos para 2010.

Em entrevista, o presidente do CNPq disse que sua última conversa com o ministro Sergio Rezende foi tranquilizadora, no sentido de que não faltarão recursos para o Programa dos INCTs. "Estamos confiantes. Tenho certeza de que as diferentes áreas governamentais serão sensíveis à importância da C&T como fator de desenvolvimento do país. É o que numerosos países estão fazendo, porque perceberam que apostar na C&T é apostar no desenvolvimento econômico", disse Zago.

Com o anúncio dos novos institutos, o Ministério da C&T totaliza 123 projetos apoiados nesse primeiro edital, lançado no ano passado. De acordo com o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, dois aspectos definiram a aprovação dos novos projetos: a adequação das propostas aos objetivos e requisitos do edital e os recursos adicionais para aplicação no programa, advindos principalmente do BNDES, que entrou com R$ 24 milhões, e da Petrobras, que investe R$ 21 milhões no programa.

O restante dos recursos virá das Fundações de Amparo à Pesquisa do Piauí e do Rio Grande do Norte, que passaram a apoiar o programa, e das FAPs que já participavam com recursos e que aumentaram sua contrapartida, como a fundações do Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O Ministério da Educação também entrou com aporte adicional para o Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa, sediado na Universidade de Brasília (UnB).



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