União Europeia superará metas do Protocolo de Quioto

Data: 26/10/2012
A Comissão Europeia publicou o seu relatório anual sobre a evolução do bloco para alcançar as metas instituídas pelo Protocolo de Quioto para 2012 e pela sua legislação para 2020, visando ao corte das emissões de gases do efeito estufa (GEEs).

O ano de 2011 apresentou emissões decrescentes, de acordo com a tendência observada desde 2004 [com exceção de 2010, quando as emissões cresceram em comparação com o ano anterior devido à crise econômica de 2009">, caindo 2,5% em relação a 2010.

No geral, mesmo com um aumento de 48% no PIB desde 1990, os GEEs nos 27 países do bloco caíram 18% no mesmo período, considerando apenas políticas e medidas executadas e excluindo a compra de créditos ou sumidouros de carbono.

Os quinze países da UE que faziam parte do bloco quando Quioto foi assinado se comprometeram com um corte coletivo de 8% até 2012 abaixo do nível de 1990. Em 2010, último ano em que há informações disponíveis, eles estavam 11% abaixo do ano-base, ou seja, superarão sua meta sob Quioto, provavelmente chegando a 14% em 2011, de acordo com estimativas.

Na maioria dos doze países que entraram para a UE a partir de 2004, as projeções indicam um aumento suave nas emissões entre 2009 e 2012. Mesmo assim, nove deles, que têm metas sob Quioto, devem cumpri-las ou superá-las usando apenas políticas e medidas em vigor.

“A UE está cumprindo o seu compromisso sob Quioto. Os números mostram mais uma vez que as emissões podem ser reduzidas sem sacrificar a economia. Agora é importante que continuemos nesta direção. Alcançar a meta de 20% até 2020 [com base no nível de 1990"> não vem automaticamente”, comemorou Connie Hedegaard, comissária para ação climática da UE.

Hedegaard se referiu ao compromisso que o bloco, incluindo os 27 países, assumiu unilateralmente através da aprovação de uma legislação específica, independente do processo de Quioto.

A UE está avançando bem para cumprir essa meta. Estimativas da Agência Ambiental Europeia indicam que em 2011 as emissões estavam 17,5% menores do que em 1990.

Quanto às metas domésticas, assumidas independentemente pelos países, Finlândia, França, Alemanha, Suécia, Grécia e Reino Unido estão bem encaminhados para cumpri-las.

O Reino Unido foi o país que mais conseguiu reduzir suas emissões, especialmente devido à liberalização dos mercados de energia e a subsequente substituição do petróleo e carvão por gás natural na geração de eletricidade, além de medidas para o corte na emissão de N2O da produção de ácido adípico.

Para chegar até os 20%, o bloco terá que fazer cortes não apenas nos setores cobertos pelo esquema europeu de comércio de emissões, portanto, políticas estão sendo elaboradas para abranger também outras áreas da economia, como a construção civil, a agricultura e os transportes.

Cerca de 11% dos GEEs emitidos globalmente vem da UE, e esta fatia está diminuindo à medida que o bloco diminui e os países emergentes aumentam a liberação dos gases.

(Instituto Brasil)




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