Rede investe em infraestrutura para melhorar tráfego de dados científicos

Data: 22/10/2012

Buscando melhorar a transmissão de dados científicos, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) contratará dois enlaces (canais de fibra óptica) de banda larga, no exterior nos próximos dias, que ligarão o Brasil aos Estados Unidos. A intenção é aumentar a velocidade de transmissão de dados da rede acadêmica nacional.


Cada canal de fibra óptica possui capacidade equivalente a 10 Gb/s (Gigabit por segundo), o que deve aumentar consideravelmente a velocidade da rede. A previsão é de que esses pontos - que serão dedicados exclusivamente à pesquisa colaborativa futuramente - estejam ativos até o fim deste ano.



Segundo o diretor adjunto de Engenharia e Operações da RNP, Ari Frazão Júnior, o índice de utilização da rede de Internet está próximo do limite da capacidade atual. "O objetivo é atender a demanda crescente da comunidade acadêmica por acesso à Internet em curto prazo, já que o índice vem atingindo picos de 80% do canal existente", explicou.



Integração - A RNP, vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), reúne cerca de 3,5 milhões de usuários e possui mais de 800 instituições científicas conectadas que integram os sistemas de ciência e tecnologia, educação superior, saúde e cultura. No Brasil, a rede está presente nos 27 estados, incluindo o Distrito Federal.



Além de suprir a demanda crescente de usuários acadêmicos por acesso à Internet comercial, a contratação dos dois enlaces deve aumentar, também, o potencial de colaboração com outras redes acadêmicas, conforme Frazão Júnior.



Sem citar o investimento a ser realizado na contratação dos dois canais de fibra óptica, Frazão Júnior afirmou que a RNP conta com um orçamento da ordem de R$ 80 milhões anuais do MCTI e do Ministério da Educação (MEC) para investimento no "backbone" nacional e na melhoria da conexão das suas instituições (clientes).



Ele acrescentou que a RNP também se esforça para melhorar a conexão das redes das instituições-clientes localizadas no interior do País. Sem dar detalhes, Frazão Júnior afirmou que no próximo ano a instituição pretende adquirir acesso à Internet comercial no próprio Brasil, para fazer frente ao processo de melhoria das condições da rede acadêmica, viabilizando o avanço científico nacional.



Jornal da Ciência




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