Câmara Brasil-Alemanha promove conferência gratuita sobre energia renovável e eficiência energética
As principais tendências, as perspectivas e os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos do mercado brasileiro de energias limpas e eficiência energética serão pauta de discussão na primeira edição da conferência Das Renováveis à Eficiência Energética, que ocorre no próximo dia 24, em São Paulo (SP), com início às 8h30. O evento é gratuito e já conta com inscrições abertas. Informações podem ser obtidas neste link.
Voltado a empresários, gestores públicos, executivos ligados às áreas de sustentabilidade e energia, e estudantes, o evento reunirá especialistas brasileiros e alemães, que apresentarão suas visões sobre o tema. A realização é da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK-Brasil), em parceria com a Agência de Cooperação Alemã (GIZ), com patrocínio da Allianz Brasil.
Segundo a coordenadora do departamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética, Danielly Andrade, a proposta do evento é aprofundar o intercâmbio de informações entre entidades e empresas brasileiras e alemãs no campo das energias limpas. Durante a Rio+20, a Câmara Brasil-Alemanha lançou a publicação digital intitulada Das Renováveis à Eficiência Energética, que pode ser considerada uma das principais compilações já realizadas sobre este setor no Brasil. A publicação foi um grande sucesso e decidimos então aprofundar a discussão esboçada em suas páginas com um evento maior voltado a toda a indústria de energia renovável e eficiência energética, pontua a coordenadora.
A conferência homônima da publicação reunirá autores e parceiros que contribuíram com artigos publicados no estudo. São especialistas e representantes de empresas, de ONGs, do setor público e de agências ligadas ao setor de energia.
Para o diretor do departamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética da AHK, Ricardo Rose, o momento por que passa o setor energético brasileiro é decisivo para determinar quão sustentável será seu desenvolvimento. Nos próximos anos, registraremos um boom no crescimento das demandas de energia no Brasil. Definir políticas ambientais e aprimorar as soluções a partir de fontes renováveis, como energia eólica, solar e bioenergia, são metas aliadas para aumentar a produtividade das empresas do setor e poupar recursos naturais. Segundo o relatório World Energy Outlook, divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda por energia no Brasil crescerá 78% entre 2009 e 2035 e, nessa categoria, o País se encontrará atrás apenas da Índia.
De acordo com Rose, a forte expansão na demanda de energia é reflexo do crescimento da economia do País, da elevação na taxa de investimentos em produção industrial, do aumento da renda das famílias e da sua consequente mudança no padrão de consumo. Uma alternativa para sustentar essa expansão é olhar para exemplos conquistados por outros mercados no setor de energia, no qual a Alemanha se encontra atualmente na vanguarda. Nesse sentido, a Câmara Brasil-Alemanha exerce o fundamental papel de promover transferência de tecnologia e know-how entre os países.
A conferência acontecerá no Tryp São Paulo Nações Unidas Nações Unidas, localizado na Rua Fernandes Moreira, 1.264 Chácara Santo Antônio. As inscrições podem ser feitas por meio do site da Câmara Brasil-Alemanha.
Alemanha vanguardista - Em 1998, a Alemanha implantou um programa de substituição de fontes energéticas não renováveis e energia nuclear por fontes limpas, como energia eólica, fotovoltaica, térmica, de biomassa e biogás, geotérmica, além de outras formas em fase inicial de desenvolvimento, como a energia das marés. Simultaneamente, o governo alemão iniciou também um programa de pesquisa e uso de biocombustíveis, com foco no biodiesel e no etanol.
As determinações levaram o país a se tornar o primeiro do mundo a introduzir uma política energética baseada na substituição das energias não renováveis e da energia nuclear, que tem prazo de desativação até 2021.
A energia fotovoltaica é uma das principais apostas da Alemanha no ramo das renováveis. Em 2000, logo após a determinação alemã de substituir as fontes não renováveis, a capacidade instalada no país para a energia solar era de 76 MW. Em 2011, chegou a 4.401 MW. Para efeito de comparação, a capacidade instalada para hidrelétricas subiu de 3.538 MW para 4.401 MW no mesmo período.
Publicação digital Das Renováveis à Eficiência Energética - Em 152 páginas, a análise contextualiza o mercado brasileiro de energia com dados e fatos sobre o País e variáveis que interferem no desenvolvimento nacional de energias renováveis e eficiência energética, como consumo de energia, medidas de incentivo, estrutura do setor e o papel das organizações ligadas ao segmento. Apresenta também um panorama sobre a situação e o potencial do Brasil nas categorias de energia eólica, solar e bioenergia, a relação de cooperação entre o País e a Alemanha no setor e 11 artigos técnicos assinados por especialistas de associações e empresas com know-how em sustentabilidade, meio ambiente e energia.
Sobre a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK)
A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK) é uma entidade que desenvolve um papel essencial no fomento das relações econômicas entre os dois países. Filiada à Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria (DIHK), a Câmara Brasil-Alemanha atua como base para o fortalecimento e a diversificação dos negócios de seus associados, na atração de investimentos para o Brasil, na ampliação do comércio bilateral e na cooperação entre os países do Mercosul e da União Europeia. No Brasil há 95 anos, a Câmara Brasil-Alemanha congrega 1.700 associados, entre empresas de capital ou know-how alemão instaladas no Brasil e companhias brasileiras e alemãs voltadas ao comércio exterior, e conta com 220 funcionários atuando em 14 cidades brasileiras. Por meio da Câmara Brasil-Alemanha, os associados se beneficiam de uma rede de mais de 114 câmaras espalhadas em 81 países, além de 83 entidades do gênero na Alemanha. Em 2011, a Câmara Brasil-Alemanha trouxe para o Brasil 83 delegações empresariais e contou com a participação de 15 mil executivos em congressos, seminários e reuniões ao longo do ano.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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