Portal mostra que resíduos e tecnologia podem compor uma equação lucrativa

Data: 09/10/2012
A empresa Maynis Company lançou um site que une resíduos e tecnologia, fazendo um intercâmbio entre empresas que querem vender e descartar objetos. Lançado em julho, o portal B2Blue já contabiliza 200 cadastrados (até o fechamento da matéria) e somou, aproximadamente, R$ 1 milhão de investimentos até o final de setembro. A intenção é chegar aos R$ 3 milhões até o final de 2012.

Idealizadora do projeto, a ambientalista Mayura Okura, afirmou que o empreendimento reúne toneladas de resíduos, a exemplo de aparas de papel, metais e plásticos usados e visa “beneficiar muitas empresas que nem sabem que os resíduos que produzem podem ter valor comercial”, comentou ao jornal Valor Econômico (SP).

Segundo Mayura, a iniciativa, pioneira no Brasil, pode frisar a importância do descarte correto dos resíduos, uma exigência da nova legislação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, e auxiliar as empresas no processo de destinação. “O que é resíduo para uns, pode ser matéria-prima para outros”, enfatiza a ambientalista.

O portal funciona como um site de ‘encontros’. As empresas anunciam seus materiais gratuitamente, realizam negociações e finalizam o processo, a B2Blue ganha 15% de comissão sobre o valor de cada negócio.

“Ajudamos a empresa que não sabe o valor de seus resíduos, além de melhorarmos os anúncios para facilitar o encontro entre as partes interessadas. Fazemos também a rastreabilidade do material, para que haja segurança de que o descarte vai ter uma destinação adequada”, explicou Mayura.

Do total de anúncios registrados no início de setembro, 40% referiam-se a resíduos plásticos, que representa um volume total de 15 toneladas mensais; 22% de metais não ferrosos (400 toneladas mensais); 11% de papel e papelão (290) e 9% de metais ferrosos (72).

(EcoD)




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