APESAR DE BEM AVALIADAS, ARSESP QUER MELHORIAS NOS SERVIÇOS DAS CONCESSIONÁRIAS DE SANEAMENTO BÁSICO

Data: 20/09/2012
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) apresenta nesta terça-feira, 18 de setembro, os resultados da Pesquisa de Satisfação dos Usuários dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, regulados pela Agência Paulista.

O trabalho abrangeu entrevistas com 45 mil usuários residenciais, nos 244 municípios (199 conveniados e 44 da região metropolitana e a cidade de São Paulo), atendidos por três das concessionárias paulistas (Sabesp, Saneaqua e Foz de Santa Gertrudes). O Estado de São Paulo tem 645 municípios. A pesquisa foi aplicada somente com usuários do segmento residencial, tendo em vista que este é o mais representativo em relação ao número de clientes, quando comparado com os setores comercial e industrial - no caso da Sabesp, por exemplo, o segmento residencial responde por cerca de 90% dos clientes.

Os principais questionamentos feitos aos usuários foram sobre: aspecto da água, preço, serviço de abastecimento, atendimento da prestadora de serviços, obras em vias públicas, atendimento nas agências, a conta d’água, leitura do hidrômetro, pagamento da conta, serviço de esgotamento sanitário, a imagem da prestadora de serviço.

De acordo com Fernanda Meirelles, diretora de Relações Institucionais da Arsesp, embora os resultados sejam positivos às prestadoras, a Agência avalia que, por exemplo, “se 27% informaram ter ficado sem água, isso significa que milhões de pessoas ficaram sem usufruir de um bem de primeira necessidade. Além do que, a água é um bem público que está sob concessão, e a agência reguladora quer ver esses números caindo cada vez mais. A meta é atingir o estado da arte na prestação deste serviço”.

Já Samira Bevilaqua, ouvidora da Agência e coordenadora da pesquisa, informa que a partir de agora esta pesquisa será repetida periodicamente e complementa: “Queremos que ela sirva de balizamento e norte para as fiscalizações e deliberações da Arsesp no serviço de saneamento básico”.

Samira explica ainda que a amostra foi definida nos moldes de uma pesquisa quantitativa probabilística, considerando 7% de margem de erro e 95% de nível de confiança “Este desenho amostral permitirá à Arsesp dispor de resultados confiáveis estatisticamente e, ao mesmo tempo, representativos da diversidade que caracteriza o universo da prestação dos serviços de saneamento básico do estado de São Paulo”. Os resultados podem ser extraídos para cada Município, isoladamente.

Resultados - A Pesquisa de Satisfação sistematizou os dados dos 244 municípios avaliados e obteve os seguintes resultados: sobre o aspecto da água (gosto, cheiro e transparência), a transparência apresentou o maior índice de satisfação, 80%; o cheiro também recebeu boa avaliação, 78% dos entrevistados estão satisfeitos ou muito satisfeitos. O gosto da água alcançou 76% de satisfação. A pressão da água também teve uma avaliação positiva pelos entrevistados e 84% indicam estar satisfeitos e muito satisfeito.

De maneira geral, o serviço de abastecimento de água foi melhor avaliado do que o esgotamento sanitário. Do total, 85% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o serviço de água, ao passo que 70% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o esgotamento sanitário.

Sobre o valor pago pela água, 52% dos entrevistados acham que ela é cara e 27% dos moradores sofreram com falta de abastecimento.
No quesito esgotamento sanitário, 78% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a coleta do esgoto e 70% aprovam o tratamento . Em ordem de importância, o tratamento de esgoto lidera com 52%, seguido da coleta de esgoto com 35%. Já, o preço do esgoto, 60% dos entrevistados acham o valor pago muito caro.

Nos aspectos relacionados às obras em vias públicas, o quesito “Tapa buraco” é o pior avaliado: 23% dos entrevistados atribuíram nota entre ruim e péssimo, seguido por “transtorno causado pelas obras” (13%). O “tapa buraco” é o atributo pior avaliado no contexto de toda a pesquisa.

Arsesp


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