Grande ABC/SP: Região gasta R$ 51,6 milhões por ano com coleta de lixo

Data: 27/01/2009

Grande ABC/SP: Região gasta R$ 51,6 milhões por ano com coleta de lixo


Os mais de 2,5 milhões de habitantes das sete cidades do Grande ABC produzem cerca de 2.000 toneladas de lixo por dia. A coleta, o transporte, a triagem e o descarte de todo esse material consomem cerca de R$ 51,6 milhões por ano.

São Bernardo lidera. Maior população da região, com cerca de 800 mil habitantes, a cidade produz, mensalmente, 19 mil toneladas de resíduos, gastando R$ 1,5 milhão com o serviço. Santo André recolhe pouco menos - 18.500 toneladas por mês, mas empenha o mesmo valor mensal no tratamento do lixo. Em seguida está Diadema, que produz 8.600 toneladas, pagando R$ 990 mil. Mauá gera outras 7.000 toneladas a cada 30 dias e gasta R$ 150 mil.

São Caetano foi a única cidade que não forneceu o custo mensal. A administração calcula recolher cerca de 5.000 toneladas. Ribeirão Pires registra outras 2.000 toneladas, consumindo R$ 101 mil mensais. Rio Grande da Serra coleta 550 toneladas por mês. O serviço gera despesa de R$ 60 mil.

Com exceção de Santo André, que acondiciona o material em área municipal, as demais cidades encaminham seu lixo para aterro sanitário instalado em Mauá - administrado e operado pela empresa Lara.

Para o geógrafo e professor de pós-graduação em Meio Ambiente da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas Gerais, Maurício Waldman, os pesos na balança estão em desequilíbrio. "Em princípio, o Grande ABC produz 16% do lixo da Região Metropolitana de São Paulo, mas representa 13% da população, então, está maior do que a média. Independentemente disso, o fato é que o lixo domiciliar diário que a região produz é muito grande. Cidades com essa população geram menos lixo."

O índice reciclado de todo esse montante é ínfimo. Ainda que todas as cidades desenvolvam trabalho com cooperativas de reciclagem, nenhum município consegue dar novo fim para mais do que 4,5%. Autor de publicações sobre o tratamento de lixo, Waldman aponta outro pormenor que merece a atenção das administrações. "Uma má política de resíduos sólidos no Grande ABC tem um agravante porque é uma região que, em principio, seria uma grande produtora de água", finaliza.






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