Lei dos hidrômetros ainda gera polêmica em Brasília

Data: 20/01/2009

Lei dos hidrômetros ainda gera polêmica em Brasília


Para facilitar e dar mais tempo para que os moradores do DF esclareçam as dúvidas, o governo pretende ampliar o prazo de instalação dos hidrômetros individuais até 2015. Para isso, enviou à Câmara Legislativa um novo projeto de lei definindo regras. No novo projeto, ficam mais claras as regras para os casos em que não há condições técnicas de instalação do equipamento.

Desde 2005, a instalação de medidores individuais é obrigatória no DF. É o que determina a lei 3.557, que, no ano passado foi alterada e passou a autorizar sistemas alternativos de inidividualização nos casos em que o método convencional for inviável, por questões técnicas, ou quando o custo para instalar um único hidrômetro por apartamento for muito alto.

Entre as alternativas está a telemetria. Em um condomínio, o sistema custou R$ 1,4 mil para cada família, sem necessidade de quebradeira no prédio. Por meio de cabos, os medidores são conectados a uma central de dados. A leitura é feita eletronicamente e as informações são enviadas para um site na internet. Com uma senha, o síndico e os moradores podem ver quanto estão gastando.

“Nós fizemos um levantamento dos 24 meses anteriores à individualização e constatamos que a despesa de condomínio, cerca de 23% a 25%, era só de água. Como nós individualizamos, pude reduzir a taxa de condomínio nesses 23%”, conta o síndico Paulo Roberto Marques.

Segundo o técnico de instalações Rui Brito, a telemetria é indicada principalmente para os condomínios onde os apartamentos têm várias entradas de água. “Tem um registro no banheiro, na cozinha, área de serviço, banheiro de empregada. Após o registro existente, é instalado um hidrômetro”, explica o técnico.

A desvantagem dos sistemas alternativos de individualização é que a leitura do consumo de cada apartamento deve ser feita pelo próprio condomínio. “Quando o condomínio optar pela telemetria, a Caesb ficará com a responsabilidade de emitir apenas a conta geral do condomínio, cabendo aos condôminos fazer o rateio da conta internamente”, diz o superintendente de comercialização da Caesb, Emerson de Oliveira.

Mesmo com a possibilidade de se instalar sistemas alternativos, a individualização dos medidores causa polêmica. Os síndicos de condomínios antigos que já tem um baixo consumo de água, por exemplo, alegam que as vantagens dessa adaptação são pequenas. Nessas situações, têm recorrido a Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), que vem analisando caso a caso.



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