Mercado livre de energia vai estimular investimentos de R$ 24 bilhões em Itaipu verde

Data: 24/07/2012

Um documento com cinco propostas acaba de ser levado ao ministério das Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por nove entidades de classe do setor, que promovem a campanha “Ano do Mercado Livre de Energia no Brasil”. O objetivo é garantir a construção de uma verdadeira “Itaipu verde”, no valor de R$ 24 bilhões, com a conclusão de usinas a partir de fontes limpas, como eólica, solar e biomassa. A meta é atender à demanda de 10 mil indústrias e centros comerciais habilitados a participar do mercado livre de energia.

Empresas que têm contas de luz acima de R$ 100 mil por mês podem virar “clientes especiais”, ou seja, não são obrigadas a contratar a energia das concessionárias locais. A demanda estimada para esses clientes é de 12 mil megawatts, a potência original de Itaipu. Esse modelo permite que as empresas consigam redução de custos de até 15% em suas contas de luz, bem como garante flexibilidade nos pagamentos e na gestão do fornecimento. Nessa categoria, as companhias podem ser abastecer apenas de eletricidade que provenha de fontes limpas, como biomassa, PCHs, eólica e solar.

“O mercado livre hoje é um verdadeiro vetor de sustentabilidade no Pais”, afirma Reginaldo Medeiros, presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) e coordenador da campanha “Ano do Mercado Livre de Energia”. “O Brasil já é um campeão em energia renovável e pode se transformar em campeão em energia verde”, complementa.

As entidades pedem que a energia das concessões das usinas que estão para vencer, com preços mais baratos, possa ir também para o mercado livre e não somente para as atuais distribuidoras. O documento solicita, ainda, uma simplificação do acesso dos consumidores habilitados ao modelo independente, bem como aprimorar o sistema de formação de preço e a venda de excedentes. “As empresas brasileiras têm o direito de poder se beneficiar de energia de fontes verdadeiramente limpas”, conclui Medeiros.

Ano do Mercado Livre de Energia -A campanha “2012- Ano do Mercado Livre de Energia”, nasceu com o objetivo de conscientizar autoridades públicas e agentes privados sobre a importância vital da negociação desregulamentada para a competitividade da indústria no País, bem como na blindagem contra a inflação.

O “Ano do Mercado Livre de Energia” é uma iniciativa das entidades Abeeólica (energia eólica), Abiape (investidores em autoprodução de energia), Abrace, (grandes consumidores industriais de energia e consumidores livres), Abraceel (comercializadores), Abragel (geração de energia limpa), Abragef (geração flexível), Abraget (geração térmica), Anace (consumidores de energia) e Apine (produtores independentes).


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