Empresas inovadoras podem receber incentivo para abrir capital

Data: 20/06/2012
Um grupo formado há um mês por representantes da BM&FBovespa, BNDES, Finep, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) está trabalhando para facilitar o acesso ao mercado de capitais brasileiro por parte das empresas nascentes inovadoras.

O grupo acaba de voltar de uma viagem para conhecer os modelos adotados em sete países: Inglaterra, Espanha, Canadá, Austrália, Coreia do Sul, Polônia e China. A ideia é elaborar um relatório e levar a discussão aos participantes do mercado entre julho e agosto.

O objetivo da Bovespa é acelerar a transição dos estágios iniciais de capitalização - via “investidores anjo”, fundos de capital semente e venture capital - para a Bolsa de Valores. A listagem dessas empresas na bolsa também é uma saída para que fundos de private equity e venture capital (que compram participações em pequenas empresas) possam desinvestir e aportar capital em outras novatas. Hoje a porta de entrada na bolsa é o Bovespa Mais, segmento especial de listagem de empresas de pequeno e médio porte. Criado em 2005, ele teve apenas três adesões.

A ABDI encomendou à Fundação Dom Cabral um estudo batizado de Dinamização do Mercado de Acesso à Bolsa no Brasil. Ele será concluído em cerca de seis meses e trará um diagnóstico com o papel de cada ator nesse processo: corretoras, fundos, bancos, investidores de varejo e institucionais. O governo acredita que o momento é propício, já que as possíveis perdas da renda fixa com a queda de juros exigirão a busca de alternativas de maior risco. Uma das apostas é que as fundações de previdência complementar de servidores públicos fomentem esse mercado, como nos EUA.

(O Estado de S.Paulo)





< voltar