Os negócios entram na agenda da biodiversidade
É preciso maior engajamento do setor produtivo e por parte dos ministérios desenvolvimentistas. Hoje a participação é incipiente com relação à biodiversidade no Brasil. O alerta foi dado nesta terça-feira (12) pelo brasileiro Bráulio Dias, atual secretário-executivo da Convenção da Diversidade Biológica, durante a Conferência Ethos 2012, em São Paulo. Segundo ele, mesmo com atraso de quase dois anos, o país deverá ratificar o Protocolo de Nagoya, acordo estabelecido na COP10, em 2010.
A presidente Dilma Rousseff assinou uma mensagem ao Congresso Nacional, no Dia Mundial do Meio Ambiente (5), solicitando a ratificação do Protocolo, que tem de ser aprovado no Senado, disse o secretário ao Mercado Ético.
Dias destaca que o documento prevê 20 metas globais, que vão desde marco legal nos governos à repartição de benefícios, segurança alimentar e redução da pobreza. A Convenção é um acordo entre governos. O desafio é o engajamento dos atores.
Para integrar o setor de negócios à agenda, ele informou que, em dezembro passado, foi lançada a plataforma global de biodiversidade e negócios (http://www.cdb.int/business), que tem como metas:
- Redução dos impactos à biodiversidade;
- Inclusão de regras de sustentabilidade na cadeia de produção;
- Desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, entre outras.
A proposta é fazer com que a questão da biodiversidade deixe de ser tratada só como algo ambiental. Espero que o Brasil tenha uma ação mais forte nesta agenda, disse.
Propostas para a Rio+20 e para a COP11
No contexto da Década da Biodiversidade (2011-2020) instituída pela ONU, alguns dos tópicos que deverão ser discutidos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e na Conferência das Partes das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (COP11), que será realizada em outubro deste ano, na Índia, são: financiamentos público-privados, desenvolvimento de tecnologias, maior tráfego de informação e consultas entre todos os stakeholders.
Nas propostas, ainda constam a computação de externalidades e a necessidade de transparência nas implementações, além de taxas e incentivos para indústrias mais ecoamigáveis.
Segundo David Stuerman, também da Secretaria da Convenção da Diversidade Biológica, no sistema da Economia da Biodiversidade, alguns dos problemas a enfrentar são o greenwashing e a força contrária que o mercado pode exercer às empresas verdes.
Para inserir os demais atores no tema da biodiversidade, Bráulio Dias lembra que na COP8, em Curitiba, foi lançado o programa Cidades para a Biodiversidade, com a aprovação do engajamento de governos subnacionais. Temos a tradição de trabalhar com lideranças indígenas e locais, além da academia. E a partir do ano que vem, deverá começar a funcionar o Painel Científico Internacional de Serviços Ecossistêmicos, com sede na Alemanha. Fará um trabalho semelhante ao Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
(Mercado Ético)
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A presidente Dilma Rousseff assinou uma mensagem ao Congresso Nacional, no Dia Mundial do Meio Ambiente (5), solicitando a ratificação do Protocolo, que tem de ser aprovado no Senado, disse o secretário ao Mercado Ético.
Dias destaca que o documento prevê 20 metas globais, que vão desde marco legal nos governos à repartição de benefícios, segurança alimentar e redução da pobreza. A Convenção é um acordo entre governos. O desafio é o engajamento dos atores.
Para integrar o setor de negócios à agenda, ele informou que, em dezembro passado, foi lançada a plataforma global de biodiversidade e negócios (http://www.cdb.int/business), que tem como metas:
- Redução dos impactos à biodiversidade;
- Inclusão de regras de sustentabilidade na cadeia de produção;
- Desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, entre outras.
A proposta é fazer com que a questão da biodiversidade deixe de ser tratada só como algo ambiental. Espero que o Brasil tenha uma ação mais forte nesta agenda, disse.
Propostas para a Rio+20 e para a COP11
No contexto da Década da Biodiversidade (2011-2020) instituída pela ONU, alguns dos tópicos que deverão ser discutidos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e na Conferência das Partes das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (COP11), que será realizada em outubro deste ano, na Índia, são: financiamentos público-privados, desenvolvimento de tecnologias, maior tráfego de informação e consultas entre todos os stakeholders.
Nas propostas, ainda constam a computação de externalidades e a necessidade de transparência nas implementações, além de taxas e incentivos para indústrias mais ecoamigáveis.
Segundo David Stuerman, também da Secretaria da Convenção da Diversidade Biológica, no sistema da Economia da Biodiversidade, alguns dos problemas a enfrentar são o greenwashing e a força contrária que o mercado pode exercer às empresas verdes.
Para inserir os demais atores no tema da biodiversidade, Bráulio Dias lembra que na COP8, em Curitiba, foi lançado o programa Cidades para a Biodiversidade, com a aprovação do engajamento de governos subnacionais. Temos a tradição de trabalhar com lideranças indígenas e locais, além da academia. E a partir do ano que vem, deverá começar a funcionar o Painel Científico Internacional de Serviços Ecossistêmicos, com sede na Alemanha. Fará um trabalho semelhante ao Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
(Mercado Ético)
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