Raupp destaca investimentos em pesquisa e mão de obra para fortalecer o empreendedorismo no País

Data: 14/05/2012
Nesta quinta-feira (10), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, esteve no Rio de Janeiro, onde participou de um seminário para discutir o futuro do empreendedorismo em países da América Latina.



Versão latina de um encontro com o mesmo propósito, realizado anualmente no estado da Califórnia (EUA), o "Brazil Innovation: A revolution for the 21st century" é o primeiro evento promovido pelo The Economist Group, que edita a revista The Economist, em um país estrangeiro.



Durante o evento, que contou com a participação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, Lino Barañao, e foi mediado pelo representante do The Economist Group Michael Reid, Raupp afirmou que o papel dos governos é atuar de forma conjunta com a iniciativa privada e fomentar o empreendedorismo por meio da geração de incentivos e da qualificação da pesquisa.



"Atualmente, o Brasil é responsável por 2,7% da produção científica mundial que, prioritariamente, é desenvolvida nas universidades públicas. Esse é um grande investimento do governo em mão de obra qualificada", afirmou. O titular do MCTI reforça que o Brasil possui políticas para estimular, ainda mais, o desenvolvimento de recursos humanos, como o Programa Ciência Sem Fronteiras. "Essa iniciativa do governo federal promove parceria com instituições de ensino estrangeiras, de qualidade, na qual os estudantes têm acesso a treinamentos pró-ativos que estimulam o pensamento inovador e ajudam a formar profissionais interessados em construírem seus próprios negócios", aponta Raupp.



Outra questão defendida pelo ministro é que os governos criem condições favoráveis às empresas inovadoras. Neste sentido, Raupp indica que o desafio atual é estimular a produção científica brasileira - atualmente de cunho acadêmico, voltada à linha tecnológica - e também incentivar as empresas instaladas no Brasil a realizarem pesquisa e desenvolvimento (P&D) em nosso país. "O governo tem políticas para isso, inclusive firmando parceria com empresas internacionais e nacionais para desenvolver projetos que possam ser usados no mundo todo, não apenas no Brasil. Essa é uma maneira de reter expertise no País, sem violar as regras da livre iniciativa", afirmou.



Questionado sobre a dificuldade para patentear tecnologias no Brasil, procedimento cujo período é de aproximadamente oito anos, o ministro garantiu que o governo tem se esforçado para superar essa questão. "Estamos criando melhores condições junto ao órgão regulador e também em relação às questões legais, com o objetivo de nos alinharmos ao padrão internacional. É um dever de casa que estamos engajados em resolver", pontuou.



Em relação às possibilidades de inovação dentro da chamada economia verde na região da Floresta Amazônica, o titular do MCTI afirmou que a área tem capacidade de promover tecnologia para novos produtos, aliando desenvolvimento econômico com responsabilidade social e ambiental. O ministro destacou que alguns programas serão discutidos durante o Rio+20, evento que a capital fluminense sediará em junho. "Há anos o Brasil possui programas para capacitar instituições na região amazônica e desenvolver essa linha de trabalho. Lá, por exemplo, estão instalados 11 dos 122 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, um número bastante significativo, considerando a infraestrutura educacional deste país. Outro exemplo é o Centro de Biotecnologia da Amazônia, que possui participação da iniciativa privada. Vamos continuar investindo a fim de criar condições para que essa questão desenvolva-se plenamente", concluiu o ministro.

(Ascom do MCTI)





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