Ciência e Tecnologia para a Sociedade
Eloi Garcia
Nos últimos anos vários países vêm apresentando uma queda comercial relevante, o que tem diminuído a competitividade industrial. Os críticos econômicos acreditam que pode haver uma inversão deste quadro pela utilização maior no conhecimento tecnológico e inovação aumentando a competitividade e produção das indústrias.
No Brasil, de acordo com a Capes e o CNPq, os indicadores mostram que nossa produção científica tem crescido significativamente nos últimos anos. No entanto, este fato não está correlacionado com a transferência de tecnologia e inovação para o setor industrial nacional.
Não resta dúvida que a valorização e avaliação da atividade de pesquisa a nível nacional e internacional é importante para o desenvolvimento da ciência e tecnologia em nosso país e aumento dos grupos produtivos nas universidades e institutos de pesquisa.
A investigação não deve ser subordinada ao mercado. Fomentar a pesquisa do novo é um pilar fundamental ao desenvolvimento e um fator essencial para a competitividade, pois cria uma "atmosfera" econômica, social, cultural e institucional favorável a inovação.
No entanto, neste contexto chegou o momento de desenvolver políticas públicas que, além do estímulo a produção de trabalhos científicos, valorize o conhecimento transferido para as empresas ou mesmo o que é patenteado pelos nossos pesquisadores.
É necessário a criação de um instrumento claro e objetivo para incentivar e avaliar a transferência de conhecimento e inovação dos laboratórios de pesquisa para as indústrias, bem como valorizar estas atividades pelas agências de fomento. Ou seja, considerar em um mesmo patamar os índices de impacto dos trabalhos científicos com os resultados transferidos para as empresas.
Em época de dificuldade definir as prioridades na área de ciência e tecnologia é difícil, mas colocar juntos pesquisadores e empresários é reconhecer e valorizar a transferência do conhecimento e inovação para o setor produtivo, aumentar o número de patentes e a competitividade de nossas empresas. Um sistema científico e tecnológico de qualidade é da maior importância para desenvolver uma sociedade mais justa e equitativa.
Eloi S. Garcia é ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pesquisador do Inmetro e membro da Academia Brasileira de Ciências.
Jornal da Ciência.
< voltar
Nos últimos anos vários países vêm apresentando uma queda comercial relevante, o que tem diminuído a competitividade industrial. Os críticos econômicos acreditam que pode haver uma inversão deste quadro pela utilização maior no conhecimento tecnológico e inovação aumentando a competitividade e produção das indústrias.
No Brasil, de acordo com a Capes e o CNPq, os indicadores mostram que nossa produção científica tem crescido significativamente nos últimos anos. No entanto, este fato não está correlacionado com a transferência de tecnologia e inovação para o setor industrial nacional.
Não resta dúvida que a valorização e avaliação da atividade de pesquisa a nível nacional e internacional é importante para o desenvolvimento da ciência e tecnologia em nosso país e aumento dos grupos produtivos nas universidades e institutos de pesquisa.
A investigação não deve ser subordinada ao mercado. Fomentar a pesquisa do novo é um pilar fundamental ao desenvolvimento e um fator essencial para a competitividade, pois cria uma "atmosfera" econômica, social, cultural e institucional favorável a inovação.
No entanto, neste contexto chegou o momento de desenvolver políticas públicas que, além do estímulo a produção de trabalhos científicos, valorize o conhecimento transferido para as empresas ou mesmo o que é patenteado pelos nossos pesquisadores.
É necessário a criação de um instrumento claro e objetivo para incentivar e avaliar a transferência de conhecimento e inovação dos laboratórios de pesquisa para as indústrias, bem como valorizar estas atividades pelas agências de fomento. Ou seja, considerar em um mesmo patamar os índices de impacto dos trabalhos científicos com os resultados transferidos para as empresas.
Em época de dificuldade definir as prioridades na área de ciência e tecnologia é difícil, mas colocar juntos pesquisadores e empresários é reconhecer e valorizar a transferência do conhecimento e inovação para o setor produtivo, aumentar o número de patentes e a competitividade de nossas empresas. Um sistema científico e tecnológico de qualidade é da maior importância para desenvolver uma sociedade mais justa e equitativa.
Eloi S. Garcia é ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pesquisador do Inmetro e membro da Academia Brasileira de Ciências.
Jornal da Ciência.
< voltar