Visão de Futuro
Eloi Garcia
Nos últimos anos o Brasil apresentou um crescimento bastante expressivo em sua atividade científica traduzida por pelo menos quatro indicadores: o crescente número de artigos publicados em revistas de impacto, o aumento acentuado de programas de pós-graduação e, como conseqüência, aumento de doutores e mestres, o incremento da participação de nossos pesquisadores e pós-graduandos em eventos nacionais e internacionais, e o crescimento do número de projetos financiados pelas agencias governamentais.
Apesar destes destaques indiscutíveis, o nível de excelência em nossos trabalhos pode aumentar ainda mais. Se comparar os índices de impacto de nossos artigos científicos com os de países mais desenvolvidos nós temos ainda uma grande distância para ser percorrida. Diferente das outras áreas, o desenvolvimento da atividade científica e do conhecimento necessita de um esforço persistente e contínuo para sua consolidação em termos nacionais e internacionais e proporcionar uma mudança na sociedade que permita a melhoria na qualidade de vida e garantia de um futuro mais promissor a nossa população.
Mas este ano, com a diminuição orçamentária governamental na área de ciência e desenvolvimento tecnológico aumentou a preocupação dos cientistas. A redução do financiamento pode prejudicar o crescimento obtido nos últimos tempos. Na ciência, a manutenção de um laboratório ativo é dispendiosa e qualquer tipo de corte financeiro pode refletir diretamente na produção científica e na formação de recursos humanos qualificados. A continuidade do financiamento é fundamental.
Não se discute que a geração de conhecimento é um pilar básico para a economia dos países mais desenvolvidos. Numa visão de futuro, nos momentos de dificuldades financeiras é muito importante aprender a trabalhar fora da zona de conforto, desenvolver e abrir novas idéias e priorizar as atividades científicas e tecnológicas que encontrem soluções para os problemas do País.
Eloi S. Garcia é ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz, pesquisador da Fiocruz e Inmetro e membro da Academia Brasileira de Ciências.
Jornal da Ciência
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Nos últimos anos o Brasil apresentou um crescimento bastante expressivo em sua atividade científica traduzida por pelo menos quatro indicadores: o crescente número de artigos publicados em revistas de impacto, o aumento acentuado de programas de pós-graduação e, como conseqüência, aumento de doutores e mestres, o incremento da participação de nossos pesquisadores e pós-graduandos em eventos nacionais e internacionais, e o crescimento do número de projetos financiados pelas agencias governamentais.
Apesar destes destaques indiscutíveis, o nível de excelência em nossos trabalhos pode aumentar ainda mais. Se comparar os índices de impacto de nossos artigos científicos com os de países mais desenvolvidos nós temos ainda uma grande distância para ser percorrida. Diferente das outras áreas, o desenvolvimento da atividade científica e do conhecimento necessita de um esforço persistente e contínuo para sua consolidação em termos nacionais e internacionais e proporcionar uma mudança na sociedade que permita a melhoria na qualidade de vida e garantia de um futuro mais promissor a nossa população.
Mas este ano, com a diminuição orçamentária governamental na área de ciência e desenvolvimento tecnológico aumentou a preocupação dos cientistas. A redução do financiamento pode prejudicar o crescimento obtido nos últimos tempos. Na ciência, a manutenção de um laboratório ativo é dispendiosa e qualquer tipo de corte financeiro pode refletir diretamente na produção científica e na formação de recursos humanos qualificados. A continuidade do financiamento é fundamental.
Não se discute que a geração de conhecimento é um pilar básico para a economia dos países mais desenvolvidos. Numa visão de futuro, nos momentos de dificuldades financeiras é muito importante aprender a trabalhar fora da zona de conforto, desenvolver e abrir novas idéias e priorizar as atividades científicas e tecnológicas que encontrem soluções para os problemas do País.
Eloi S. Garcia é ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz, pesquisador da Fiocruz e Inmetro e membro da Academia Brasileira de Ciências.
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