EUA reassumem a ponta no investimento em energia limpa

Data: 16/04/2012

EUA reassumem a ponta no investimento em energia limpa


Os Estados Unidos recuperaram o título de maior investidor em energia limpa em 2011, segundo um ranking organizado pela ONG Pew Charitable Trusts. De acordo com a tabela, os EUA investiram US$ 48 bilhões no setor - em 2010, foram US$ 34 bi. A China, que aparece na segunda posição, apresentou um crescimento de apenas US$ 500 milhões neste mesmo período - aplicaram, no ano passado, US$ 45,5 bi nesta área.



O Brasil está em décimo no ranking dos investidores, tendo passado de US$ 6,9 bi (2010) para US$ 8 bi no ano seguinte. Na sua frente, além de EUA e China, estão Alemanha; Itália; um bloco de 27 países da União Europeia; Índia; Reino Unido; Japão e Espanha.



O investimento global foi de US$ 263 bi, um índice recorde, e 6,5% maior do que em 2010. Segundo o relatório, intitulado "Quem está vencendo a corrida pela energia limpa", as nações do G20 são responsáveis por 95% dos recursos destinados a este setor. Com este crescimento, foram gerados mais 83,5 gigawatts com energia limpa - sendo 30 Gw em energia solar e 43 Gw com a eólica.



"O setor continua em expansão e está superando o crescimento da economia global", comemora Phyllis Cuttino, diretora da Pew Charitable Trusts. "Agora temos uma capacidade de geração de energia instalada de 565 Gw, 47% maior do que a da energia nuclear. Fica, então, muito claro que não estamos tratando apenas de um nicho".



Segundo Phyllis, os EUA foram beneficiados com investimentos a curto prazo, mas esta abundância não deve se sustentar por muito tempo. "Os investidores correram para se aproveitar de políticas, como incentivos fiscais e garantias de empréstimo, que expiraram no fim do ano passado", explica. "Quando vemos a rápida taxa de crescimento dos EUA, é difícil imaginar como ela poderá ser mantida sem os mecanismos políticos que estão em sua origem".



Para Phyllis, há sinais sugerindo uma queda nos investimentos em energia limpa, devido à "incerteza política" global.



O freio chinês seria resultado do amadurecimento do setor. O país, no entanto, continuará atraindo a atenção da comunidade internacional. A China tinha como meta gerar 20 Gw com energia solar até 2020. Agora, espera que este índice chegue, no mesmo prazo, a 50 Gw.

(O Globo)





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