Pesquisadores da FSP USP são homenageados com descoberta de novas espécies de insetos

Data: 13/04/2012

A Profa. Dra. Eunice A. Bianchi Galati, docente do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, juntamente com Fredy Galvis Ovallos, seu orientando do Programa de Pós-Graduação, descobriram duas novas espécies de insetos, pertencentes ao grupo envolvido na transmissão da leishmaniose, e os nomearam, homenageando dois pesquisadores da FSP/USP.
Os nomes dos insetos foram dados em homenagem ao Prof. Dr. Delsio Natal, docente aposentado do Departamento de Epidemiologia da FSP/USP e o Dr. Paulo Urbinatti, pesquisador do mesmo Departamento. Ambos foram homenageados por terem contribuído para ampliar o conhecimento da Entomologia em Saúde Pública e também porque foram eles a investigar a área onde os insetos foram coletados.

Segunda a Profa. Dra. Eunice, “a denominação de uma espécie deve ser feita em latim e descrita de forma a se destacar do texto (itálico, negrito, etc.). Podemos dar um nome homenageando uma pessoa ou lugar, ou em referência a uma característica morfológica do inseto ou de seu comportamento, ou de área onde habita etc. A seguir ao nome da espécie, acrescenta-se o nome do(s) autor(es) e o ano da descrição. O nome da espécie deve sempre ser precedido pelo do gênero a que pertence.
Quando se homenageia uma pessoa, podemos nos referir a parte de seu nome ou o nome completo. Se o nome for composto, os dois nomes devem ser escritos juntos. Se a homenagem é feita a alguém do sexo masculino, acrescenta-se i ao final do nome e se for do sexo feminino, ae. Daí os nomes dos insetos: Nyssomyia delsionatali Galati & Galvis 2012, Nyssomyia urbinattii Galati & Galvis, 2012 e outros que homenageamos colegas da Faculdade de Saúde Pública, por. ex. Lutzomyia forattinii Galati Rego, Nunes & Teruya 1985 e Lutzomyia almerioi Galati & Nunes 1999. Em homenagem à colega, Vânia Lúcia Brandão Nunes, da UNIDERP, Mato Grosso do Sul, foi dado o nome da espécie, Migonemyia vaniae Galati & Marassá, 2009, e em alusão à área onde habita, denominamos uma espécie como Lutzomyia cerradincola Galati, Nunes, Oshiro & Teruya, 1995 (habitante de cerrado) e de uma característica morfológica do corpo do inseto, Lutzomyia pallidithorax Galati & Cáceres, 1994 (tórax pálido)“.
Os novos insetos foram capturados em matas ciliares amazônicas, N. delsionatali, do rio Juruena, no noroeste de Mato Grosso e N. urbinattii, do rio Teles Pires, entre Mato Grosso e Pará.
A descrição das duas espécie consta da edição de Março de 2012, da reconhecida revista científica, Journal of Medical Entomology, sendo os desenhos da cabeça do macho e da fêmea de Ny. urbinattii tema na capa da revista .

O artigo original pode ser acessado em : http://www.ingentaconnect.com/content/esa/jme/2012/00000049/00000002/art00003

da ass da Fac de Saude Publica da USP


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