Ciência, tecnologia e inovação integram novos acordos com Índia

Data: 03/04/2012

Brasil e Índia assinaram seis acordos de cooperação, um deles relativo ao Programa Ciência sem Fronteiras, na última sexta-feira (30). Na cerimônia, na sede do governo indiano, o primeiro-ministro Manmohan Singh declarou que a parceria com o Brasil foi fortalecida no diálogo que manteve esta semana com a presidente Dilma Rousseff.


No penúltimo dia de sua visita ao país, Dilma também mostrou entusiasmo com o potencial comercial e de cooperação política e tecnológica. Em busca da ampliação das relações comerciais e econômicas, os governos brasileiro e indiano adotaram uma parceria estratégica que engloba saúde, educação, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, programas sociais e ambientais. O objetivo é aumentar o comércio bilateral de US$ 9,12 bilhões, em 2011, para US$ 15 bilhões, até 2015.



O governo incluiu a Índia como um dos destinos do Ciência sem Fronteiras, que tem como meta enviar 101 mil brasileiros a instituições de ensino superior no exterior até 2014. Dentre os Brics, é o segundo destino incluído na lista do programa - o primeiro foi a China. Rússia e África do Sul completam o bloco de cinco países.



Oportunidades - Dilma Rousseff discursou no encerramento de um fórum empresarial que atraiu 150 empresários brasileiros. Ela afirmou que as oportunidades de negócios que se abrem hoje marcam o início de uma nova era nas relações bilaterais, como no tempo das grandes navegações.



Para a presidente, Brasil e Índia passam por uma nova fase de desenvolvimento. "[Temos de lutar para"> criar um corredor [de desenvolvimento"> de tal forma que possamos nos orgulhar de ter iniciado uma nova era", propôs, após reunião com o primeiro-ministro Singh.

Ela acrescentou que o Brasil vê a nação como um parceiro indispensável e essencial para o futuro. "Os países emergentes são os grandes responsáveis pelo crescimento da economia mundial", disse. "Temos muito o que dialogar nas áreas de políticas sociais e científicas."



A presidente elogiou as pesquisas indianas nas áreas química e de medicamentos. Ela lembrou que no Brasil o esforço é para melhorar a qualidade do atendimento da saúde pública, o que depende também da distribuição de medicamentos. Segundo ela, a parceria se estende ainda à venda de aeronaves com radar do Brasil para a Índia.



Governo e empresas - Em sua fala, a governante reiterou que no Brasil há pelo menos 33 indústrias de capital indiano e que a cooperação deve reunir os setores público e privado de ambos os países. Disse ainda que é necessário diversificar a pauta bilateral, promovendo o intercâmbio nos setores de aeronaves, tecnologias da informação, medicamentos e equipamentos médico-hospitalares. Na área da defesa, a presidente afirmou que em breve serão concluídos os entendimentos para a concretização de projetos de pesquisa e desenvolvimento em setores de forte componente tecnológico e estratégico.

(Ascom do MCTI)





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