Abastecimento chega a mais 500 mil pessoas em uma década

O crescimento da base de clientes atendidos pela Sabesp na Baixada Santista nos últimos 10 anos cresceu cerca de 20%. Em números de consumidores, a ampliação estimada foi de cerca de 500 mil pessoas. No entanto, o ritmo de ampliação de atendidos pela Companhia foi mais acentuado agora do que no início da década. A expansão registrada em 2011 foi 38,9% superior em relação a 2001. Enquanto o crescimento era de cerca de 9,6 mil clientes por ano, em 2001, este mesmo indicador chegou a 15,8 mil novos imóveis por ano.

Outro indicador importante é a quantidade de adutoras, redes de distribuição com maior diâmetro, que servem para levar água do sistema de produção até as redes de abastecimento e aos reservatórios. A quilometragem de adutoras utilizadas no abastecimento público na Baixada nos últimos 10 anos cresceu em 28,6%.

Segundo o superintendente da Sabesp na Baixada Santista, João Cesar Queiroz Prado, para atender este crescimento foram realizados diversos investimentos em melhorias e em ampliação da produção.

“Estamos em uma região turística que tem sazonalidade, por isso, temos um sistema de abastecimento robusto. No entanto, foi preciso combater muito as perdas de água e investimentos em tecnologia para ter um maior controle operacional do sistema”, explica.

Nos últimos anos foram colocados em operação grandes reservatórios para garantir o abastecimento, novas Estações de Tratamento de Água e reformado o laboratório técnico no qual são realizadas as análises de qualidade da água. O laboratório, que analisa mais de 18 mil parâmetros mensalmente em amostras de água, é certificado pela norma 17025, o que garante os procedimentos de análises.

O abastecimento de água na Baixada Santista, diferente de outras regiões, é feito a partir de captações em mananciais da Serra do Mar, preservados por estar distante de núcleos habitacionais e com água de excelente qualidade. Além disso, o sistema integrado em operação permite que a água seja levada de uma cidade para outra. A principal estação de produção de água na região é a ETA Cubatão, que chega a representar quase 50% do volume produzido na Baixada Santista, atendendo Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá.

Segundo Queiroz Prado, os investimentos na produção de água estão sendo feitos, com a construção de novas Estações. “As obras estruturantes, para garantir o abastecimento num horizonte de 20, 30 anos estão sendo feitas, com as obras da ETA Mambu, em Itanhaém, que vai atender todo o Litoral Sul, ETA Antas, em Mongaguá, ETA Jurubatuba, em Guarujá, e a ETA ITU, em São Vicente, que contribuem para todo o sistema de abastecimento”, destaca.

Somente com essas obras em andamento e que devem iniciar a operação de produção e tratamento de água ainda este ano, estão sendo investidos cerca de R$ 500 milhões. Outros R$ 20 milhões foram investidos em melhorias operacionais na ETA Cubatão, coração de produção de água da Baixada Santista. Em 2010, também entrou em operação a ETA Boracéia, em Bertioga, ampliando a produção de água.

É importante destacar que as construtoras, antes de pedirem liberação da Prefeitura Municipal para construção, apresentam carta de diretrizes com estimativas do consumo de água e produção de esgoto para, a partir daí, a Sabesp indicar a solução técnica adequada para que se mantenha a eficiência da rede. “Todos os projetos são estudados tecnicamente. Caso a rede na rua não atenda o necessário, são feitos prolongamentos e interligações em redes com diâmetros maiores”, conclui o superintendente da Sabesp, engenheiro João Cesar Queiroz Prado.



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