Parceria com a CeBIT confirma bom momento que vivemos

Data: 07/03/2012
O mercado de tecnologia brasileiro ganha destaque a partir de hoje (6) em Hannover, na Alemanha, onde será aberta ao público a CeBIT 2012, maior feira do setor digital. Este ano, o Brasil é o país parceiro do evento e levará a maior delegação de sua história ao centro de exibições da cidade alemã.



Ontem, a presidente Dilma Rousseff participou da cerimônia oficial de abertura, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel. Hoje, as duas percorrerão juntas os pavilhões da feira e abrirão o estande do Brasil, além de visitar os espaços de empresas brasileiras presentes na feira como Petrobras, Embraer e Embrapa.



A delegação de 130 empresas e instituições privadas e governamentais do País ocuparão seis pavilhões distribuídos pelas quatro plataformas temáticas do evento: CeBIT pro; CeBIT gov; CeBIT life; e CeBIT lab. Enquanto a CeBITpro concentra suas atividades em tecnologias voltadas para o mercado de negócios, a CeBIT gov procura soluções para o setor público, com ênfase na indústria de saúde e discussões referentes a soluções urbanas.



Na CeBIT life, o debate sobre o estilo de vida digital é aberto, mostrando como a tecnologia está moldando a maneira com que a população mundial trabalha e vive atualmente. Já a CeBIT lab tem como foco a pesquisa de novas tecnologias para o setor de TI. Entre os tópicos desta plataforma estão o futuro da internet, tecnologias de nuvem aberta, gráficos e hologramas.



De hoje a sábado, 340 mil visitantes são esperados na feira, que conta com cerca de 4.200 expositores. Em Hannover, as empresas brasileiras se apresentarão sob a marca Brasil IT+, que identifica a indústria brasileira de tecnologia no exterior, e levarão para a mostra um portfólio heterogêneo, que vai desde computação em nuvem até soluções para a segurança da informação.



Softex - O foco da participação brasileira na CeBIT deste ano é fortalecer a imagem do País como um importante produtor de Tecnologia da Informação (TI) para, dessa maneira, ampliar os negócios do Brasil no setor. De acordo com Djalma Petit, diretor de mercado da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) - entidade responsável pela coordenação da presença nacional no evento -, o Brasil investiu aproximadamente 2,5 milhões de euros para estar presente no evento em Hannover. Em entrevista, ele explica que, durante a feira, a delegação brasileira procurará mostrar a diversidade da indústria nacional no setor.



O que significa para o Brasil ter sido convidado a ser o país parceiro da CeBIT este ano?

O Brasil neste momento goza de uma imagem extremamente positiva no mundo, e o convite feito ao País para ser parceiro da CeBIT é exatamente a confirmação deste bom momento que vivemos. Além disso, é uma grande oportunidade para fortalecer e consolidar a imagem do Brasil como um produtor importante de tecnologia da informação (TI) com alcance global.



Em sua opinião, quais são os principais desafios que o mercado e a indústria de TI do Brasil devem enfrentar nos próximos anos?

Os desafios da indústria são bastante inerentes a ela mesma. Ainda temos problemas internos que precisamos resolver, como a questão da carga tributária e a carência de profissionais qualificados do setor. Mas o Brasil é um mercado completamente aberto, então qualquer empresa mundial pode se instalar e começar a operar tranquilamente - o que é bom e ruim ao mesmo tempo para o mercado nacional. É bom porque acaba elevando o padrão das nossas empresas, que são obrigadas a competir com multinacionais. Assim, elas se credenciam para trabalhar fora do território nacional também.



Este ano o Brasil trouxe a maior delegação de sua história para a feira. Entre tantos expositores, quais são os destaques brasileiros?

A participação do País teve como filosofia transmitir a diversidade da nossa indústria, então temos aqui desde empresas de software e serviços até as grandes instituições nacionais, como a Petrobrás, a Embrapa e a Embraer.



E como a presença dessas empresas brasileiras pode atrair investimento ao País?

Nós temos aqui uma área que chamamos de "espaço do investidor". Convidamos todas as instituições capazes de receber investimento, porque o que tem ocorrido nos últimos dois anos é uma demanda tremenda de consultas para investimentos. Criamos este espaço de forma que os investidores potenciais tenham todo o portfólio para investir, usando desde a Bovespa até o BNDES.

(O Estado de São Paulo)





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