Sabesp assina contrato inédito no Japão de US$ 440 milhões para ampliar combate a perdas de água
A diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena, assinou na noite desta quarta-feira (22 de fevereiro), em Tóquio, no Japão, um contrato inédito no valor de US$ 440 milhões com a agência de fomento do governo japonês, a Jica. Para esse financiamento haverá uma contrapartida da Sabesp de US$ 240 milhões. O financiamento será utilizado para ampliar e acelerar os investimentos do Programa Corporativo de Redução de Perdas de Água da Sabesp. Criado em 2009, ele tem a meta de baixar as perdas dos atuais 25,6% para um percentual de até 15% no fim desta década. A média brasileira é de 37%, e a do Japão, referência mundial no assunto, é de 3%.
O índice de perdas é calculado pelo volume de água produzido para abastecimento público menos o volume faturado (consumido e pago). As perdas são classificadas em físicas (aquelas decorrentes de vazamentos na rede de abastecimento) e perdas de faturamento (aquelas ocasionadas por fraudes, os chamados gatos, e por submedição falhas em hidrômetros). A composição do total das perdas da Sabesp é de 16,64% para as perdas físicas e de 8,96% para as perdas de faturamento.
A redução das perdas é prioridade para a Sabesp a fim de que seja garantida a segurança do abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo, afirmou Dilma Pena. Ela destacou que essa região possui baixa disponibilidade hídrica (quantidade de água disponível para abastecimento por habitante) e concentra cerca de 20 milhões de habitantes 10% da população brasileira , numa área de 8.051 km2. A disponibilidade hídrica é de apenas 146 mil litros por habitante ao ano, volume muito inferior aos 2,5 milhões de litros anuais recomendados pela ONU. Lembre-se que o valor é inclusive inferior ao de regiões do Nordeste e do deserto do Saara.
Para ter uma ideia da complexidade da ação, a rede de abastecimento de água na Região Metropolitana de São Paulo tem 32,7 mil km de extensão, aproximadamente uma viagem de ida e volta de São Paulo ao Japão. Para verificar a existência de vazamentos, toda a rede tem de ser percorrida e avaliada. Somente em 2011, 47,4 mil km de redes foram vistoriados pela Sabesp. Em média, cada centímetro da rede é pesquisado a cada oito meses, em busca de vazamentos não visíveis, que não afloram na superfície, mas que podem ser detectados com uso de tecnologia adequada. Além das pesquisas e reparos, são trocados preventivamente por ano 195 mil ramais as redes menores que levam a água da rua até os imóveis. As ações da Sabesp permitiram reduzir as perdas de 32%, em 2006, para os atuais 25,6%.
As principais ações planejadas pela Sabesp até 2016 com esse fortalecimento do Programa de Perdas são:
- Troca de 875 mil ramais prediais (ligação de água da rua até o hidrômetro). Representa 12% do total de ramais da Sabesp
- Substituição de 1,6 mil hidrômetros (22% do total)
- Troca de 674 quilômetros de redes de água. A Sabesp tem um total de 65.960 km de redes (em todo o Estado de São Paulo)
- Pesquisa de vazamentos invisíveis por meio de geofones tecnologia de detecção por meio de escuta noturna de barulho de jatos de água abaixo do nível do solo. Serão pesquisados 150 mil km de redes, o que significa percorrer toda a rede existente por mais de duas vezes
Esse conjunto de ações resultará na redução de 1% das perdas por ano, o que equivale à quantidade de água necessária para atender a 300 mil pessoas, declarou a diretora-presidente.
Os investimentos até 2016 serão de R$ 1,9 bilhão, provenientes das seguintes fontes:
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - R$ 715 milhões
- Jica R$ 770 milhões
- Sabesp R$ 430 milhões
Dilma Pena afirmou que já teve início negociação com o BNDES e a Jica para ampliar o volume de investimentos no Programa de Perdas em mais R$ 1 bilhão, no período entre 2016 e 2020.
A diretora-presidente da Sabesp esteve em Tóquio acompanhada pelo diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da companhia, João Baptista Comparini, e pelo diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores, Rui de Britto Álvares Affonso.
Assessoria Sabesp
< voltar
O índice de perdas é calculado pelo volume de água produzido para abastecimento público menos o volume faturado (consumido e pago). As perdas são classificadas em físicas (aquelas decorrentes de vazamentos na rede de abastecimento) e perdas de faturamento (aquelas ocasionadas por fraudes, os chamados gatos, e por submedição falhas em hidrômetros). A composição do total das perdas da Sabesp é de 16,64% para as perdas físicas e de 8,96% para as perdas de faturamento.
A redução das perdas é prioridade para a Sabesp a fim de que seja garantida a segurança do abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo, afirmou Dilma Pena. Ela destacou que essa região possui baixa disponibilidade hídrica (quantidade de água disponível para abastecimento por habitante) e concentra cerca de 20 milhões de habitantes 10% da população brasileira , numa área de 8.051 km2. A disponibilidade hídrica é de apenas 146 mil litros por habitante ao ano, volume muito inferior aos 2,5 milhões de litros anuais recomendados pela ONU. Lembre-se que o valor é inclusive inferior ao de regiões do Nordeste e do deserto do Saara.
Para ter uma ideia da complexidade da ação, a rede de abastecimento de água na Região Metropolitana de São Paulo tem 32,7 mil km de extensão, aproximadamente uma viagem de ida e volta de São Paulo ao Japão. Para verificar a existência de vazamentos, toda a rede tem de ser percorrida e avaliada. Somente em 2011, 47,4 mil km de redes foram vistoriados pela Sabesp. Em média, cada centímetro da rede é pesquisado a cada oito meses, em busca de vazamentos não visíveis, que não afloram na superfície, mas que podem ser detectados com uso de tecnologia adequada. Além das pesquisas e reparos, são trocados preventivamente por ano 195 mil ramais as redes menores que levam a água da rua até os imóveis. As ações da Sabesp permitiram reduzir as perdas de 32%, em 2006, para os atuais 25,6%.
As principais ações planejadas pela Sabesp até 2016 com esse fortalecimento do Programa de Perdas são:
- Troca de 875 mil ramais prediais (ligação de água da rua até o hidrômetro). Representa 12% do total de ramais da Sabesp
- Substituição de 1,6 mil hidrômetros (22% do total)
- Troca de 674 quilômetros de redes de água. A Sabesp tem um total de 65.960 km de redes (em todo o Estado de São Paulo)
- Pesquisa de vazamentos invisíveis por meio de geofones tecnologia de detecção por meio de escuta noturna de barulho de jatos de água abaixo do nível do solo. Serão pesquisados 150 mil km de redes, o que significa percorrer toda a rede existente por mais de duas vezes
Esse conjunto de ações resultará na redução de 1% das perdas por ano, o que equivale à quantidade de água necessária para atender a 300 mil pessoas, declarou a diretora-presidente.
Os investimentos até 2016 serão de R$ 1,9 bilhão, provenientes das seguintes fontes:
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - R$ 715 milhões
- Jica R$ 770 milhões
- Sabesp R$ 430 milhões
Dilma Pena afirmou que já teve início negociação com o BNDES e a Jica para ampliar o volume de investimentos no Programa de Perdas em mais R$ 1 bilhão, no período entre 2016 e 2020.
A diretora-presidente da Sabesp esteve em Tóquio acompanhada pelo diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da companhia, João Baptista Comparini, e pelo diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores, Rui de Britto Álvares Affonso.
Assessoria Sabesp
< voltar