Raupp destaca papel da independência tecnológica para soberania

Data: 17/02/2012
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, destacou nesta quarta-feira (15) a independência tecnológica como questão fundamental para garantir o desenvolvimento, a soberania e a defesa do País. Na abertura do Segundo Seminário Estratégia Nacional de Defesa: Política Industrial e Tecnológica, na Câmara dos Deputados, ele ressaltou o papel do ministério na execução de políticas para o setor.



O evento também teve a participação do ministro da Defesa, Celso Amorim, de parlamentares e de representantes das Forças Armadas. No encontro, promovido pela Frente Parlamentar de Defesa Nacional, foram apresentados os programas estruturantes na área e realizadas discussões sobre o desenvolvimento do setor, bem como sobre a Política de Defesa e a Medida Provisória 544/2011, aprovada recentemente na Câmara, que cria um regime tributário especial para o segmento.



Em sua apresentação, o ministro de C,T&I defendeu a parceria entre as áreas de ciência e tecnologia e defesa para que a ocupação da grande extensão territorial e marítima (Amazônia Verde e a chamada Amazônia Azul) do País aconteça de forma sustentável.



Raupp falou sobre a relevância dos investimentos de sua pasta no segmento. Ele informou que as atividades de defesa estão enquadradas em quatro dos nove programas prioritários do ministério, que passam pelas áreas de segurança cibernética e capacitação industrial e pelos programas espacial e nuclear.



Investimento - Segundo Raupp, o apoio ao setor de defesa fez parte da política dos últimos governos e está dentro do Plano Plurianual e da Estratégia Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação (Encti). "Estamos presentes para exercitar essa cooperação. Neste período de 2007 e 2011, dentro dos recursos operados pelo MCTI, investimos R$ 1,5 bilhão em projetos articulados com a defesa. Isso será continuado e esperamos, nos próximos quatro anos, um aumento significativo", afirmou.



Palestrante no painel Desenvolvimento Tecnológico para Indústria de Defesa, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix, falou dos investimentos da agência, ligada ao MCTI. Arbix explicou que o setor é um dos que mais acessam recursos da financiadora. Segundo ele, o financiamento na área de defesa (crédito para empresas) quadruplicou em 2011, chegando a R$ 1 bilhão.



O representante da Finep esclareceu que a instituição trabalha no apoio às tecnologias de uso dual (militar e civil), contando com uma gama enorme de projetos, programas e planos diretamente ligados à área de defesa com as Forças Armadas e, principalmente, com a indústria, universidades e institutos de pesquisa. "Fazemos essa articulação e trabalhamos com as prioridades do governo na área de defesa e do ministério", frisou.

(Ascom do MCTI)





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