BNDES estrutura projetos no setor de infra-estrutura para oferecer a Estados

Data: 19/12/2008

BNDES estrutura projetos no setor de infra-estrutura para oferecer a Estados


Em um esforço adicional anticíclico, para minorar os efeitos da crise econômica, a área de estruturação de projetos do BNDES está oferecendo seus serviços aos Estados. A idéia é identificar e oferecer projetos de infra-estrutura que possam ser executados pelos próprios Estados ou sob a forma de concessão ao setor privado. O primeiro estudo em andamento, para o governo do Estado da Bahia, vai traçar um plano de concessão ao setor privado das rodovias estaduais que cortam a região metropolitana da capital, Salvador.

O estudo para o governo baiano está sendo financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do IFC, o braço do Banco Mundial para financiamento a projetos destinados ao setor privado. A área de estruturação de projetos do BNDES foi criada este ano e deverá concluir três estudos setoriais em 2009, um na área de petróleo e gás (ênfase no pré-sal), um no setor aéreo e outro no setor ferroviário, buscando identificar a melhor saída para uma ligação Atlântico-Pacífico na América do Sul.

Esses estudos serão disponibilizados para a sociedade e o banco vai financiar empresas interessadas em transformá-los em possíveis projetos de domínio público, que venham a interessar tanto o setor público como o privado. O chefe do Departamento de Estruturação de Projetos 1 do BNDES, Rodolfo Torres, disse que a crise não deve afetar negativamente o andamento dos trabalhos da área, porque ela visa desenvolver projetos de longo prazo, como concessões por 25 a 30 anos, que independem de situações conjunturais, embora em um primeiro momento possam haver hesitações.

"O BNDES e o governo federal estão justamente fazendo esforço para disponibilizar créditos adicionais para suprir a falta momentânea de recursos de outras origens", ressaltou. Além de ter a própria área de estruturação de projetos, o BNDES também é sócio, junto com os bancos Itaú, Bradesco, Unibanco (em processo de fusão com o Itaú), Banco do Brasil, Santander, Citibank, Espírito Santo e Votorantim, na Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP).




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