Ideias sob demanda

Data: 01/12/2011
Os desafios da gestão da inovação e da propriedade intelectual foram o tema da palestra ministrada por Elza Fernandes de Araújo, coordenadora da Rede Mineira de Propriedade Intelectual (RMPI), no Seminário Inova São Paulo, no dia 29 de novembro no Auditório da FAPESP, em São Paulo.

Criada em julho de 2003, a RMPI conta com 31 membros – 27 entidades de ciência, tecnologia e inovação e quatro instituições afiliadas –, sendo a coordenação compartilhada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde está a sede da rede, e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo Araújo, professora da UFV e assessora adjunta de inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o foco da RMPI é promover o desenvolvimento econômico e o empreendedorismo, protegendo o conhecimento e capacitando recursos humanos.

“Isso por meio da inovação científica e tecnológica, sendo os principais atores o setor empresarial, os consumidores, as agências de fomento, as universidades, as instituições de pesquisa e, principalmente, o capital intelectual”, disse.

“Todo o capital intelectual de uma instituição de pesquisa ou de uma empresa reúne ideias. Temos de compartilhar essas ideias e trabalhá-las sob demanda – internamente ou em parcerias. No entanto, o maior desafio da rede é elaborar projetos que gerem conhecimento novo. Por isso, a gestão da inovação e da propriedade intelectual é fundamental”, disse.

Araújo lembrou também que, além de difundir e implementar a política de propriedade intelectual, de transferência de tecnologia e de inovação, o papel da rede de propriedade intelectual em Minas Gerais é atuar como agente facilitador entre as instituições de pesquisa e as empresas.

“Quando falamos em interação com a empresa, o trabalho em rede permite a obtenção de bons instrumentos de pesquisa para a prestação de serviços, consultorias, compartilhamento da permissão de uso, transferência de tecnologia, serviços que os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) da RMPI oferecem no âmbito das empresas”, afirmou.

Os NITs, de acordo com a coordenadora, atuam nas instituições membros, cuja responsabilidade é gerir sua política de propriedade intelectual e inovação, atendendo às demandas institucionais relacionadas a esse contexto.

Como resultado dos esforços empenhados pela rede mineira, Araújo ressaltou a agilidade na submissão de processos, totalizando 632 depósitos de patentes nacionais e 121 internacionais. Desde a criação da rede, em 2003, considerando todos os membros, foram solicitados 148 pedidos de marca, sendo concedidos 79.

Outros pontos destacados pela atuação em RMPI foram a formação de multiplicadores relacionados ao tema – a partir do fornecimento de cursos e palestras sobre gestão da inovação – e a facilidade da implementação de programas, serviços e projetos na área de propriedade intelectual.

Mais informações: www.redemineirapi.com

Agência Fapesp


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