Argentina terá plano de US$ 20 bilhões

O governo argentino deve anunciar um pacote de obras públicas que integra um plano de 71 bilhões de pesos, cerca de US$ 20 bilhões, com a expectativa de criar 400 mil postos de trabalho e impedir o desaquecimento da economia local. A presidente do país, Cristina Kirchner, disse que o programa é o mais adequado para um momento em que uma situação excepcional que exige respostas similares.

A imprensa local adiantou ontem que o programa vai se centrar em obras de infra-estrutura, energia e transporte o que permitiria ao país alcançar maior nível de atividade entre 2009 e 2010. Segundo Kirchner, o plano não só evitará demissões na indústria da construção, mas ampliará para de 770 mil o número de postos de trabalho no setor.

O governo argentino deverá, também, enviar ao Congresso hoje um projeto que alivia a carga tributária imposta a alguns setores da classe média e estimula o consumo, reduzindo impostos sobre os salários. "Isso significa um aumento, de forma direta, dos salários. Trata-se de uma justa medida de progressividade, que visa impulsionar consumo", disse Kirchner sábado.

Na quinta-feira passada, a Argentina havia anunciado empréstimos bonificados em 500 milhões de pesos (US$ 145 milhões ) para promover o turismo e o consumo. A medida deve favorecer aproximadamente seis milhões de usuários de cartão de débito.

O setor de turismo emprega 1,1 milhões de trabalhadores Argentina direta ou indiretamente e contribui com 7,6% do produto interno bruto. "O que estamos procurando com essas medidas é, fundamentalmente, para sustentar o consumo. Este não é apenas uma idéia que apoiamos. É algo que está acontecendo ao redor do mundo", disse a presidente. "A idéia é a de sustentar toda a atividade econômica de todas as regiões do país", explicou.

Anteriormente, Kirchner havia anunciado outros incentivos para os cerca de US$ 3,8 milhões para a produção agrícola e industrial, consumo e exportações. Uma semana atrás, a ministra da Produção, Débora Giorgi, anunciou um plano de financiamento subvencionado a compra do primeiro carro com a meta de adição de 100 mil unidades para baixa demanda e ao empenho das fábricas do setor. A indústria automotiva emprega 150 mil pessoas e exporta anualmente US$ 8 milhões, quase 36% do total das vendas industriais do país.




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