Estudo revela eficiência do sistema de controle de odores

Data: 24/11/2011
Um estudo sobre o sistema de redução de odores da Sabesp, utilizado em Santos para minimizar o impacto da unidade de tratamento de esgoto, será apresentado no Congresso Internacional de Saneamento no Chile nos dias 28, 29 e 30 de novembro, organizado pela Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental.

O estudo de caso, que leva em consideração diversas unidades utilizando tecnologia de ponta implantados a partir de 1988, foi desenvolvido pelo professor doutor Helvécio Carvalho de Sena, gerente de Tratamento de Esgoto da Sabesp, e pela mestre em Engenharia e Processos Químicos e Bioquímicos, Regina Tie Kawai Shikishima.

O odor é relacionado à existência do sulfeto de hidrogênio e para combatê-lo alguns compostos químicos são recomendados, como o cloro, peróxido de hidrogênio e o permanganato de potássio, que permitem oxidar o sulfeto rapidamente. O sistema de peróxido implantado em Santos é acompanhado em tempo real pelo Centro de Controle Operacional.

A Estação de Precondicionamento, ao lado do Orquidário, já foi fonte de diversas reclamações dos vizinhos da unidade devido ao odor proveniente do processo de tratamento. Desde a ampliação realizada no local pelo Programa Onda Limpa, com a inclusão de uma torre de lavagem de gás e o enclausuramento da unidade, foi possível o controle do odor e a sua eliminação.

A torre realiza a absorção dos compostos geradores de odor, formados pelo processo de decomposição do esgoto gerando gases como o metano e o sulfídrico. Os gases são neutralizados por meio do contato do fluxo gasoso com gotas de uma solução química contendo água, hipoclorito de sódio e hidróxido de sódio. Somente após esta etapa, o ar sai pelo topo da torre sem o odor característico do esgoto.

Este sistema permite uma lavagem dos gases antes de ser dispersados, evitando que o odor de esgoto chegue a incomodar a população “A constatação da eficiência desse processo é feita por analisadores de metano e gás sulfídrico instalados na saída da torre, o que permite o acompanhamento em tempo real do sistema”, explica Sena.

Além deste procedimento na EPC, nove estações elevatórias possuem sistema que realizam a mesma função. Devido à baixa declividade da cidade, as estações elevatórias têm a função de elevar o nível de esgoto e permitir que ele continue o seu trajeto. Este fator, aliado às altas temperaturas da região e obstruções ocasionadas por lixo na rede de esgoto, podem contribuir para a existência de odor.

Sabesp


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