Aridez consome 12 milhões de hectares aráveis por ano, alerta ONU

Data: 22/09/2011
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fez um apelo para que a seca e a destruição de terras aráveis sejam um dos temas centrais do desenvolvimento mundial. Na abertura de um encontro reunindo líderes de vários países para debater a questão, ele defendeu que o potencial econômico das áreas em processo de desertificação seja incluído na agenda global.

Cálculos da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação indicam que, a cada ano, 12 milhões de hectares se tornam incapazes de produzir alimentos – o equivalente ao tamanho da África do Sul por década. A estimativa é que 2 bilhões de pessoas vivam em áreas com risco de desertificação.

Para Ban, a comunidade internacional reage, em geral, tarde demais, quando os custos para solucionar o problema são maiores que os gastos para evitá-lo. Ele citou a situação atual do Chifre da África, onde a seca e a falta de recursos colocam 13 milhões de pessoas em necessidade urgente de ajuda humanitária.

Produção de alimentos

Além de afetar a vida da população de áreas atingidas, o processo de desertificação ameaça o abastecimento em todo o mundo. Estudos da ONU apontam que o crescimento da população até 2050 deverá forçar a demanda pela produção de alimentos em 70%.

O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nazil Al-Nasser indicou que a questão deverá ganhar espaço nas atuais discussões de alto nível. Segundo ele, o combate à desertificação só pode ser feito num contexto amplo de desafios globais, como mudanças climáticas, erradicação da pobreza da fome e do desmatamento.

(Rádio ONU)




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