No RJ - Vazamento de pesticida no Paraíba do Sul foi maior que informado pela empresa

Data: 03/12/2008

No RJ - Vazamento de pesticida no Paraíba do Sul foi maior que informado pela empresa


A suspeita de que o vazamento do inseticida Endosulfan, no Rio Pirapetinga, afluente do Paraíba do Sul, foi maior do que os 1,5 mil litros informados pela Servatis, e está sendo apurado pela Feema (que é o Órgão Ambiental do Estado do Rio de Janeiro).

Na vistoria realizada na Empresa Servatis, sediada em Resende (município do Sul Fluminense), os técnicos da Feema descobriram que a capacidade do caminhão de onde vazou o Endosulfan, durante o descarregamento do produto, era 30 mil litros, no entanto, somente doze mil litros, ainda assim misturados à água da chuva, foram recolhidos do dique de contenção da empresa.

O vazamento, portanto, considerando os danos causados ao Paraíba do Sul, teria sido bem maior, estimado na avaliação dos técnicos, em até 10 vezes mais do que fora relatado pela empresa. A Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) está elaborando os laudos sobre os impactos na ictiofauna do Paraíba do Sul, e estuda com o Ibama, a necessidade de criar de um defeso emergencial visando dar prazo para à recomposição das espécies afetadas.

A medida pode ser necessária uma vez que os pescadores venham a ficar impossibilitados de exercer suas atividades. A pluma tóxica tem provocado mortandade de peixes nas cidades por onde passa. Orientados pelos técnicos, estes municípios atingidos têm suspendido temporariamente a captação de água, por medida de precaução até que a contaminação se reduza a um nível aceitável.

Além disso, os técnicos também alertam para que não sejam consumidos os peixes mortos. O limite tolerado pelo homem, de acordo com o Ministério da Saúde, é de 20 microgramas por litro, já os peixes, são extremamentes sensíveis ao inseticida e suportam um limite de apenas 0,2 micrograma por litro.

O monitoramento que vem sendo feito permite o acompanhamento preciso do andamento da pluma tóxica que, ontem, chegou às localidades de Itaocara, Pureza, Cambuci e Portela (já na Região Norte Fluminense), onde as captações de água foram interrompidas.



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